10 MAR 2011 - O Sindicato dos Jornalistas de Angola está a preparar-se para promover uma série de debates públicos a nível nacional sobre a criminalização da actividade jornalística e as garantias políticas e legais para o seu exercício.
A iniciativa prende-se, segundo o Sindicato dos Jornalistas Angolanos, com um conjunto de situações menos pacíficas e nada abonatórias que põem em causa o princípio da livre actividade jornalística em Angola que em seu entender são preocupantes, devendo por isso merecer um tratamento público tendo em vista, antes de mais, a sua denúncia e posterior tratamento por quem de direito à luz do que a lei exige.
Paulo Faria falou com Luísa Rogério, secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, a quem começou por perguntar quais as acções que tenciona tomar para responder ao problema:
Era a secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Luísa Rogério.
Também a organização Repórteres sem Fronteiras, sedeada em Paris, em comunicado, afirma-se chocada pelos crescentes problemas que os jornalistas de Angola estão a experimentar, assim como a desconfiança e hostilidade que as autoridades estão a mostrar em relação a alguns órgãos de comunicação social.
O comunicado dos Repórteres sem Fronteiras refere-se concretamente ao caso da condenação do jornalista Armando Chicoca, correspondente da Voz da América no Namibe. A este propósito recorda que Armando Chicoca passou 33 dias na prisão em 2007 por cobrir os protestos que se seguiram à demolição de um mercado, recebeu ameaças de morte no princípio deste ano e um seu irmão foi assassinado em Janeiro em circunstâncias ainda por esclarecer.