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Angola: No interior há medo de nova guerra


Manifestação pró-governamental em Luanda
Manifestação pró-governamental em Luanda

Mensagem acusa UNITA de preparar regresso á guerra. UNITA nega acusação

A manifestação marcada para 7 de Março, em Luanda, instalou um clima de medo e mesmo pânico nas províncias do interior, nomeadamente, Benguela e Huambo onde correm rumores do retorno à guerra civil.


Uma mensagem que está ser difundida por telefones celulares acusa o maior partido na oposição UNITA de estar a se organizar para o retorno a guerra civil e apela ao assassinato do deputado e secretário-geral do Galo Negro, Ablio Kamalata Numa por ser o mentor do plano.


Num comunicado de imprensa o Bloco Democrático diz que em reunião de emergência, convocada pelo partido no poder, os presentes terão sido instruídos no sentido de criarem “grupos de contenção dos manifestantes” e ter-lhes-ão sido entregues “máscaras de gás lacrimogéneo e orientados para se infiltrarem no seio da manifestação de 7 de Março, caso haja, e criarem tumultos”.


Seriam, igualmente, segundo a fonte, infiltrados membros dos Serviços de Inteligência, a paisana, “para instalar o terror contra os manifestantes indefesos.” Em relação a essa denúncia não existem reacções da parte do MPLA.


O secretário daquela força política no Huambo, Liberty Chiaca denunciara, recentemente, a existência dum programa que visa a eliminação física de alguns dirigentes do seu partido.


Ontem o partido no poder, o MPLA, organizou uma manifestação pró governamental em Luanda e em várias outras capitais provinciais.


Jornalistas em Luanda disseram que cerca de meio milhão de pessoas participou na marcha. Uma entidade governamental disse que um milhão aderiram á manifestação de apoio ao governo na capital.


Nos últimos dias as províncias de Benguela e Huambo têm sido ocupados por polícias anti-motim e militares.


Devido ás crescentes tensões em algumas comunidades como Bailundo e Balombo, há relatos que populares começaram a armazenar alimentos e sal com medo do reinício do conflito.


Entretanto, a oposição apela a calma a população, afirmando que o governo é quem possui arsenal bélico.


Contudo em cada conversa de bar, táxi e esquina as pessoas questionam-se sobre o que será das suas vida no dia 7 de Março e após aquela data.


Ouça a reportagem de António Capalandanda





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