Refugiados angolanos acabados de regressar do Congo à Lunda Sul estão a atravessar grandes dificuldades e alguns deles estão mesmo a passar fome.
Cerca de duzentas pessoas regressadas da República Democrático do Congo de um universo das mais de 2.500 previstas para a Lunda Sul já se encontram na província e algumas delas re-inseridas nas respectivas famílias.
A Direcção Provincial da Assistência e Reinserção Social, os Serviços de Migração e Estrangeiros e de Justiça trabalham em conjunto na assistência alimentar,legalidade migratória e registo civil.
Porém a maior dificuldade das autoridades da província reside na falta de kits de reintegração numa altura em que as estruturas centrais do MINARS há muito deixaram de fazer abastecimento logístico para esta província.
Os regressados com dificuldade de locação de suas famílias estão sob a tutela do MINARS mas acampados no quintal do edifício onde funciona aquela instituicao com apenas duas tendas doadas pela Protecção Civil e bombeiros.
As crianças e adultos passam fome e sede tendo apenas uma refeição simbólica ao fim do dia.
A cesta básica que está a ser conseguida localmente está muito aquém das necessidades dos regressados que aderiram ao movimento organizado.
Um oficial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados visitou na semana vinda os regressados concentrados no local e teve um encontro com os responsáveis da Direcçao Provincial da Assistencia e Reinserço e não gostou do que viu~.
Embora não tenha prestado declaração á imprensa ,uma fonte próxima disse à Voz da América ,que aquele oficial mostrou-se bastante constrangido ao constatar que nada existe de especial na Lunda Sul em termos de preparação de condições mínimas para a recepção dos angolanos que dentro em breve poderão chegar em números maiores a capital da orovincial,donde saírão para a localização das suas famílias.
Haá mais de cinco meses havia sido criada por despacho da Governadora Provincial uma comissão inter-sectorial,integrando membros do Ministério do Interior,da Justiça, Minars e administrações municipais.
A referida Comissao é presidida pelo Vice-Governador para o Sector Político Social mas na prática ficou no papel.
O ultimo grupo de regressados chegou ainda Quarta feira e está sem os mantimentos.
No total mais de dois mil refugiados angolanos que se encontravam na Republica Democráica do Congo regressaram esta semana a Angola numa operação da ONU e do governo angolano.
As operações de repatriamento foram retomadas a 20 de Janeiro e vão abranger um total de mais de 53.00 angolanos no Congo que manifestaram a vontade de regressar às zonas de origem.
Milhares de refugiados angolanos já começaram a regressar do Congo. Problemas na capital da Lunda Sul