É um tipo de crime que assusta a tudo a todos na rua ou em casa, desde investimentos, investidores, dirigentes e até pessoas singulares.
Pelo menos dez pessoas foram sequestradas em menos de três meses na cidade de Maputo, em Moçambique.
Regra geral, as vítimas são pessoas consideradas ricas ou abastadas, mas pode haver falhas no processo e já aconteceu pelo menos uma vez.
Na semana passada, uma senhora de 75 anos de idade foi raptada ou sequestrada quando estava na companhia do seu marido, um empresário ligado à fundação Aga Khan.
Os sequestradores, em número de quatro, simularam acidente de viação, embatendo a parte traseira da viatura na qual a vítima estava com o seu esposo e quando este saiu para avaliar os dados do acidente, os quatro indivíduos tiraram a senhora à força para o carro em que eles viajavam e abandonaram o local em grande velocidade deixado o marido da idosa.
O esposo da vítima foi imediatamente à Polícia reportar o caso, mas até agora a senhora continua desaparecida.
Foi a primeira vez em que um familiar de vítima de sequestro reportou caso à Polícia. No passado, a Polícia se queixava da falta de colaboração com os familiares de alegadas vítimas.
O jornal Canal de Moçambique reporta na sua edição desta Quarta-feira que os sequestradores da senhora exigem 20 milhões de dólares norte-americanos para a libertação da idosa.
Segundo o jornal, inicialmente, os sequestradores e a família da vítima tinham chegado a acordo para o pagamento de 60 milhões de medicais, cerca de dois milhões de dólares. Mas depois subiram a fasquia para 20 milhões.
A Polícia e a Procuradoria-Geral da República evitam fazer comentários sobre este novo tipo de crime que assola o País.
Ontem o Procurador-Geral da República, Augusto Paulino, visitou a sede da Polícia de Investigação Criminal, na cidade de Maputo, e deixou recomendações não publicamente reveladas e tomada de medidas internas para conter a onda de raptos.