O Fundo Monetário Internacional, FMI, avisou que é “vital” que haja uma maior transparência das contas de entidades públicas angolanas.
A opinião está contida em declarações de um dirigente do FMI dadas a conhecer apos a organização ter desembolsado mais uma prestação do acordo bilateral de apoio a Angola, o chamado acordo de “stand-by”. Mas o FMi disse que Angola não cumpriu algumas metas anteriormente concordadas e disse que é vital aumentar-se a transparência do sector público.
O FMI aprovou o desembolso de 178 milhões e 200 mil dólares o que eleva para mais de mil milhões de dólares o total já entregue a Angola ao abrigo do acordo de “stand-by” de 1.320 milhões de dólares.
A comissão de direcção do FMI efectuou uma revisão do acordo e segundo um comunicado aprovou o desembolso apesar de Angola não ter cumprido objectivos traçados em 2010 relacionados com o tecto de acumulação de pagamentos em atraso, extensão do crédito do banco central e no crédito do sistema bancário ao governo. Esses objectivos foram alterados.
Naouki Shinohara, vice-director executivo da organização, disse que o programa financeiro e económico de Angola alcançou “progresso significativo”, fazendo notar que as reservas externas estão a ser “reconstruídas” e a situação fiscal está a melhorar, algo que está a ser “ajudado por ajustes nos gastos”.
No que diz respeito aos objectivos não alcançados Shinohara disse que a maior parte do atraso dos pagamentos foram feitos e que Angola deverá efectuar o pagamento do resto dos atrasos até final de Março deste ano.
O Fundo Monetário Internacional é também de opinião que a política monetária Angola esta ser “apropriadamente dirigida para gradualmente se baixar a inflação para um digito”.
“ Melhorar a transparência do sector público é um objectivo vital,” disse o vice-director executivo do FMI que acrescentou que “a publicação de declarações financeiras de entidades públicas auditadas externamente é uma medida essencial para esse objectivo”.