25 Jan 2011 - A Coreia do Sul defendeu a sua recente decisão de usar a força para libertar a tripulação de um dos seus barcos em poder dos piratas somalis.
Além dos sul-coreanos a Malásia também levou acabo operações de comandos para libertar marinheiros seus presos pelos piratas.
O ministro sul-coreano dos Negócios Estrangeiros, Kim Sung Hwan, desvalorizou as preocupações, nomeadamente da força naval europeia, segundo as quais acções militares contra os piratas põem em perigo a vida dos reféns.
Kim diz não concordar com tais criticas, e adiantou que enquanto barcos sul-coreanos estiverem em poder dos piratas, o seu país considerará o recurso a força para os libertar.
A Coreia do Sul e a Malásia levaram a cabo operações militares separadas na passada Sexta-feira para libertar marinheiros presos por piratas. Numa dessas operações, fuzileiros sul-coreanos libertaram 21 membros de uma tripulação e mataram um número indeterminado de piratas, além da captura de 5 outros.
Hoje o ministro sul-coreano da defesa, Kim Wan-jin mostrou-se cauteloso no recurso da força para libertar os outros 44 tripulantes de um barco pesqueiro do seu país, em poder dos piratas desde Outubro.
Falando aos parlamentares em Seul, Wan-jin disse que seria uma “boa ideia” se houvesse uma espécie de troca. Contudo o governo sul-coreano diz manter a sua política de não negociar com os piratas.
O ministro dos negócios estrangeiros disse por seu lado que os piratas presos serão levados a julgamento em Seul.
Kim Sung Hwan disse que enquanto os sul-coreanos forem atacados e molestados, o seu país tem o direito soberano em julgar os perpetradores dessas acções.
Um relatório das Nações Unidas a ser debatido nos próximos dias pelo Conselho de Segurança afirma que os ataques de piratas custam anualmente sete mil milhões de dólares, incluindo o pagamento de resgates, aos países alvos e a indústria mercantil. O documento apela para o reforço da segurança e o estabelecimento de um tribunal internacional para julgar os casos de pirataria.
Enquanto isso, a Força Naval da União Europeia, que dispõe actualmente de quatro barcos de patrulha no Corno de África, indicou que não vai recorrer a operações militares de resgate, pelo facto delas porem em risco a vida dos reféns.
Algumas notícias dão conta que os piratas somalis ameaçaram começar a atacar sul-coreanos e matar as respectivas tripulações para vingar os ataques da sexta-feira passada.
Agências marítimas internacionais informaram que actualmente mais de 25 barcos e 600 marinheiros estão em poder dos piratas na Somália.