Os sinais de crescente descontentamento com o líder da Renamo Afonso Dhlakama voltaram a ser evidentes durante uma tempestuosa reunião no fim de semana entre este e cerca de 400 veteranos do movimento
Os desmobilizados de guerra da Renamo ameaçaram no último sábado em Nampula, invadir a residência de Afonso Dhlakama a busca de armas de fogo para o início das manifestações anti governamentais prometidas por Dhlakama mas que vem sendo adiada pelo respectivo líder desde ano passado.
As ameaças foram feitas num encontro frente a frente entre o líder e os seus ex-guerrilheiros. O encontro havia sido convocado pelo líder da Renamo e tinha em vista traçar estratégias de como desencadear as apregoadas manifestações populares que Dhlakama adiou a ultima vez para este mês.
Os desmobilizados disseram que estão prontos para o retorno a guerra e acusaram o seu líder de estar a receber dinheiro por parte da Frelimo .
“Nós vamos entrar na guerrilha, matar a Frelimo, matar as crianças e tirar a Frelimo do poder” disseram em repetidas vezes os ex-guerilheiros da Renamo.
Afonso Dhlakaman negou todas acusações formuladas contra a sua pessoa. Disse que não está comprometido com a Frelimo, mas afirma ser um bom líder e exempla tal com o facto de ter dirigido a guerra durante 16 anos.
“Não tenho dinheiro no banco, porque quero assim. Se aceitásse compromissos já teria mais de 4 Mercedes. Era só dizer ao Guebuza, quero 14 milhões de dólares” disse Dlhakama, assegurando ser fiel ao seu partido.
No final do encontro, o Presidente da Renamo Afonso Dhlakama disse que inicia na próxima quarta-feira uma visita de trabalho ás províncias de Inhambane e Gaza, onde breve encontros com os seus ex-guerilheiros naqueles pontos de Moçambique.
Líde da Renamo acusado por veteranos do seu partido de "dormir na mesma cama" com o partido no poder. Dhlakama nega.