As emissões de dióxido de carbono produzidas pela queima de combustíveis fósseis são a causa principal do aquecimento global, por isso os esforços no sentido de combater a alteração climática têm se centrado sobre as formas de reduzir aquele género de emissões.
Segundo um estudo publicado na revista Science, uma estratégia mais rápida e mais eficaz reside na redução de emissões de um outro factor – os poluentes aéreos.
As medidas não só contribuem para minorar a alteração climática, como contribuem para aumentar os volumes das culturas, poupam dinheiro e vidas.
Quando dióxido de carbono é libertado na atmosfera, permanece durante décadas, enquanto com outros poluentes globais como o metano e o carbono preto, ou fuligem, tal não acontece.
A fuligem é um subproduto da queima não eficaz, um, grande problema nos países em desenvolvimento com os fogões de cozinha usando madeira ou carvão. A fuligem permanece no ar para poucos dias. O metano, um gás libertado pelas lixeiras, para unidades agrícolas e pelos poços de gás natural, permanece na atmosfera durante cerca de uma década.
Os especialistas analisaram duas mil medidas de controlo de poluição existentes para aqueles poluentes para avaliar qual será a mais eficaz para moderar o aquecimento global e limpar o ar.
Drew Shindell um cientista da NASA, e numa entrevista concedida à revista Science, destacou que as medidas de controlo como no caso do metano.
As medidas centram-se essencialmente no controlo da fuligem proveniente dos motores diesel e na passagem para fogões de cozinha de queima limpa.
“Nas regiões onde se procede à redução da fuligem, e especial na Ásia, especialmente no sul da Ásia e em parte de África, estas regiões vão presenciar os maiores benefícios tanto na redução local do aquecimento e na saúde pública. “
A adopção das medidas pode evitar a morte prematura de quatro milhões e setecentas mil pessoas a nivel mundial, e salvar 750 mil vidas só na Índia e na China.
No cenário de redução do metano e da fuligem o estudo prevê menor número de secas no sul da Europa e em partes de África, e monções menos severas na Ásia.
Shindell sublinha que as emissões de dióxido de carbono tem de ser resolvidas a longo prazo, estas medidas de curto prazo com impacto tanto na alteração climática como na saúde pública, merecem ser executadas de imediato.