O antigo director do Gabinete do Planeamento e Estatística do Governo da província angolana da Huíla, António Ngongo, foi detido na segunda-feira, 22, no Lubango na sequência da audiência de julgamento do também antigo director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, (GCII), Jaime Lombe.
Uma fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC) revelou à VOA que Ngongo é acusado do crime de peculato e corrupção activa e deverá responder por quatro crimes.
A legalização da prisão de António Ngongo pelo Ministério Público deve acontecer nas próximas horas.
A VOA sabe que sob Ngongo já vigorava um mandado de captura decretado pela PGR, mas a sua detenção consumou-se apenas quando foi ao Lubango depor ontem no julgamento do antigo colega no (GCII), Jaime Lombe, acusado do crime de peculato e associação criminosa por alegado desvio de mais de cinco milhões e 500 mil kwanzas.
Esses valores, segundo a acusação, serviriam para promover a imagem do Governo provincial.
“Cometeu o arguido em co-autoria material na forma consumada e em concurso real de infracções dois crimes sendo um de peculato e outro de associação criminosa prevista pelo número 1 do artigo oitavo da lei 03/14 de 10 de Fevereiro lei sobre a criminalização das infracções subjacentes subjacentes ao branqueamento de capitais”, disse a procuradora Marcolina Carlos.
Por seu lado, o advogado de defesa de Jaime Lombe, José Carlos, refutou as acusações do Ministério Público e considerou que as infrações de que é acusado são do fórum administrativo e não criminal.
Carlos confirmou igualmente a restituição aos cofres do Estado dos valores desviados, situação que permite que o arguido esteja a ser julgado em liberdade.
Entretanto, sob o Termo de Identidade e Residência (TIR) e a aguardar o julgamento, estão ainda o antigo director provincial da Educação, Américo Chicoti, o ex delegado das Finanças, Sousa Dala, e o antigo secretário-geral do Governo provincial António Ndasindodyo, acusados dos crimes de peculato e associação criminosa.