Organizações de protecção de vida selvagem, internacionais dos Camarões responsabilizam os grupos rebeldes pelo abate de cerca de 12 mil elefantes nos países da África Central desde 2004.
Elas afirmam que os rebeldes estão em conluio com membros corruptos dos governos da região com vista a venderem presas de elefantes aos países da Asia para financiar a rebelião.
A Sociedade de Conservação Mundial, o Fundo Mundial de Preservação da Vida Selvagem, e a União Internacional para Conservação da Natureza, estão entre os grupos que se juntaram as ONGs dos Camarões esta semana na acusação contra os grupos rebeldes na região da Africa Central de estarem a alimentar a comércio ilegal de presas de elefantes.
Numa conferência ontem em Yaoundé, as mesmas disseram que 11 mil elefantes foram abatidos no Parque Minkebe no nordeste do Gabão desde 2004. No ano passado, 300 elefantes foram mortos nos Camarões e em Março desde ano 86 outros tiveram a mesma sorte – incluindo 33 fémeas em gestação – no Chade.
Apesar de medidas para proteger os elefantes, os especialistas afirmam que a população dos elefantes caiu em mais de 60 por cento na região durante a última década.
Jules Caron chefia o sector de comunicações da unidade anti-caça furtiva da WWF na África Central, e diz não haver segredo que os grupos rebeldes estão usar o comércio ilegal do marfim para financiar as suas actividades.
“Há grupos como a Exército da Resistência que tem relações confirmadas de como financiam as suas actividades através do comércio ilegal de espécies selvagens e do marfim. Eles dedicam-se a caça furtiva de elefantes no norte da República Democrática do Congo, onde usam o marfim para venderem em retorno de armas. E o mesmo se passa como o grupo sudanês Janjaweed que tem relações com os caçadores no norte dos Camarões e da República Centro Africana.”
Os rebeldes são acusados de distribuir armas sofisticadas aos caçadores – algumas delas vindas da Líbia a seguir a revolta que desestabilizou o país. Esta situação está a forçar os Camarões a enviar as suas forças armadas para combater esses caçadores que estão crescendo e de forma perigosa.
Mas os rebeldes não são a única parte desta equação. Os especialistas afirmam que o comércio não pode acontecer sem cooperação ao mais alto nível. Eles adiantam que que os rebeldes estão em coordenação com redes de membros do governo bem estabelecidos, para caçarem elefantes e transportar as suas presas para Ásia.
“São milhares e milhares de presas de elefantes. Como é possível? Membros do governo ao mais alto nível estão envolvidos, existem provas disso como também de processo judiciais contra os mesmos.”
Jules Caron da WWF disse que a melhor estratégia talvez seria da parte dos governos asiáticos se proibissem o comércio do marfim, reduzindo assim o potencial de benefícios.
As organizações de protecção de vida selvagem estão a apelar aos governos para adoptarem a política de tolerância zero para com a caça furtiva e prevenir uma possível extinção do elefante africano.
Elas afirmam que os rebeldes estão em conluio com membros corruptos dos governos da região com vista a venderem presas de elefantes aos países da Asia para financiar a rebelião.
A Sociedade de Conservação Mundial, o Fundo Mundial de Preservação da Vida Selvagem, e a União Internacional para Conservação da Natureza, estão entre os grupos que se juntaram as ONGs dos Camarões esta semana na acusação contra os grupos rebeldes na região da Africa Central de estarem a alimentar a comércio ilegal de presas de elefantes.
Numa conferência ontem em Yaoundé, as mesmas disseram que 11 mil elefantes foram abatidos no Parque Minkebe no nordeste do Gabão desde 2004. No ano passado, 300 elefantes foram mortos nos Camarões e em Março desde ano 86 outros tiveram a mesma sorte – incluindo 33 fémeas em gestação – no Chade.
Apesar de medidas para proteger os elefantes, os especialistas afirmam que a população dos elefantes caiu em mais de 60 por cento na região durante a última década.
Jules Caron chefia o sector de comunicações da unidade anti-caça furtiva da WWF na África Central, e diz não haver segredo que os grupos rebeldes estão usar o comércio ilegal do marfim para financiar as suas actividades.
“Há grupos como a Exército da Resistência que tem relações confirmadas de como financiam as suas actividades através do comércio ilegal de espécies selvagens e do marfim. Eles dedicam-se a caça furtiva de elefantes no norte da República Democrática do Congo, onde usam o marfim para venderem em retorno de armas. E o mesmo se passa como o grupo sudanês Janjaweed que tem relações com os caçadores no norte dos Camarões e da República Centro Africana.”
Os rebeldes são acusados de distribuir armas sofisticadas aos caçadores – algumas delas vindas da Líbia a seguir a revolta que desestabilizou o país. Esta situação está a forçar os Camarões a enviar as suas forças armadas para combater esses caçadores que estão crescendo e de forma perigosa.
Mas os rebeldes não são a única parte desta equação. Os especialistas afirmam que o comércio não pode acontecer sem cooperação ao mais alto nível. Eles adiantam que que os rebeldes estão em coordenação com redes de membros do governo bem estabelecidos, para caçarem elefantes e transportar as suas presas para Ásia.
“São milhares e milhares de presas de elefantes. Como é possível? Membros do governo ao mais alto nível estão envolvidos, existem provas disso como também de processo judiciais contra os mesmos.”
Jules Caron da WWF disse que a melhor estratégia talvez seria da parte dos governos asiáticos se proibissem o comércio do marfim, reduzindo assim o potencial de benefícios.
As organizações de protecção de vida selvagem estão a apelar aos governos para adoptarem a política de tolerância zero para com a caça furtiva e prevenir uma possível extinção do elefante africano.