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A tão esperada viagem de Biden a Angola em meio a influência da China no continente


O presidente dos EUA, Joe Biden, aperta a mão do presidente angolano, João Lourenço, durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC ,a 30 de novembro de 2023.
O presidente dos EUA, Joe Biden, aperta a mão do presidente angolano, João Lourenço, durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC ,a 30 de novembro de 2023.

"Tenho todas as expectativas de que tanto o Congresso como este Governo e o seguinte darão continuidade a esta política", disse um alto funcionário da Administração Biden.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estará em Angola entre os dias dois e quatro de Dezembro, para a tão esperada visita que prometeu fazer ao continente africano, durante o seu mandato, com o corredor do Lobito na sua agenda, numa altura em que a China continua a ganhar mais espaço em África.

Descrita como "histórica", esta é a primeira visita de um Presidente dos Estados Unidos a África em quase uma década, desde 2015. E também constitui a primeira de um Presidente norte-americano em exercício a Angola.

Um alto funcionário da administração Biden reconheceu, durante um encontro virtual com jornalistas, que a viagem acontece num grande momento de concorrência global, onde África pode ter um papel crucial, no entanto, afirmou que os líderes africanos não querem "que as pessoas digam que estão abaixo – têm o investimento chinês; têm influência chinesa e, por isso, mais ninguém no mundo deveria ir para África".

O mesmo acrescentou que os líderes políticos e empresários africanos estão entusiasmados com a visita e, que o investimento americano "é transformador".

No mesmo diapasão, disse não conhecer nenhum líder africano que diga: "Acabei de receber uma promessa de algum dinheiro da China e, por isso, não quero mais ninguém lá”.

O corredor ferroviário do Lobito - um importante projeto de desenvolvimento financiado pelos Estados Unidos, com 1.300 quilómetros, que liga o interior africano, rico em minerais, ao porto do sudoeste - será um dos grandes destaques de Biden durante a sua visita a Angola.

Esta parceria acontece quando a China prevê passar de 300 para mais de 500 empresas em Angola nos próximos anos, e com mais de 50 mil milhões de dólares para investir em África.

Em Luanda, Biden vai reunir-se com o Presidente de Angola, João Lourenço. Altos funcionários da sua administração disseram durante um encontro virtual com jornalistas que a reunião baseia-se "no forte envolvimento bilateral que tivemos durante a administração Biden-Harris com Angola".

Esta viagem acontece num momento em que Biden prepara-se para ceder a Casa Branca para o Presidente eleito, Donald Trump, mas um alto funcionários do seu Governo (Biden) disse durante o mesmo encontro que "o investimento americano nos países em desenvolvimento e de rendimento médio não é uma questão partidária".

O mesmo espera que esta política continue na agenda do Congresso e do próximo Governo.

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