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Departamento de Defesa dos EUA reitera apoio ao Governo de Moçambique em meio a combates em Palma


John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos
John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos

Três dias depois do Departamento de Estado e da Embaixada americana em Maputo condenarem a ofensiva de insurgentes em Palma, na província moçambicana de Cabo Delgado, e reiterarem a solidariedade dos Estados Unidos ao Governo de Maputo, agora é o Departamento de Defesa a assegurar apoio a Moçambique.

"Continuamos determinados a cooperar com o Governo de Moçambique no contra-terrorismo e no combate ao extremismo violento e a derrotar o ISIS", afirmou em comunicado o porta-voz daquele Departamento nesta segunda-feira, 29.

Este posicionamento surge depois de notícias não confirmadas oficialmente da morte de dezenas de pessoas, entre elas vários estrangeiros que trabalham nos milionários projectors de exploração de gás naquela província.

John Kirby acrescentou que os ataques "demonstram uma total falta de respeito pelo bem-estar e segurança da população local, que sofre terrivelmente com as tácticas brutais e indiscriminadas dos terroristas", sem, no entanto, dizer como os Estados Unidos vão apoio as autoridades moçambicanas no terreno.

O porta-voz do Departamento de Estado também não fez referência à declaração hoje do ISIS-Moçambique, conhecido em português por Estado Islâmico, de que controla a cidade de Palma.

Desde quarta-feira, 24, insurgentes lançaram um forte ataque à cidade de Palma, que fica muito próxima dos investimentos na exploração de gás, feitos por várias multinacionais.

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Na quinta-feira, o Ministério da Defesa Nacional reconheceu os ataques, mas revelou que, até então, não havia vítimas mortais e que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) controlavam Palma e estavam a perseguir os terroristas.

No fim de semana, vários meios de comunicação estrangeiros relataram entre 40 e 50 mortes e centenas de deslocados, bem como ataques a uma caravana com vários veículos com estrangeiros que trabalham na região.

Apesar do silêncio do Governo de Moçambique, em determinados círculos, fontes próximas do Executivo e das FDS garantem que os terroristas não têm para onde fugir e que eles estão a ser perseguidos.

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Recorde-se que no passado dia 10, os Estados Unidos designaram o Estado Islâmico de Moçambique (ISIS-Mozambique), também conhecido por Ansar al-Sunna e Al-Shabab, uma organização terrorista e avisaram que qualquer instituição ou indivíduos que se envolvam com o grupo estarão sujeitos a sanções americanas e a possíveis acções de agências policiais americanas.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, lembrou, na altura, que essa designação “é um importante passo na luta global para se derrotar o ISIS (Estado Islâmico)”.

“Continuamos decididamente envolvidos com os nossos parceiros para fazer face a desafios de segurança e para fazer avançar a paz e segurança em África”, conclui Price.

Washington reiterou que estima-se que "mais de 2.300 civis, membros FDS e suspeitos militantes do ISIS-Moçambique foram mortos desde que o grupo terrorista iniciou a sua violenta insurgência extremista".

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