As Nações Unidas dizem estar profundamente preocupadas com a situação ainda em evolução em Palma, onde os ataques armados que começaram a 24 de Março “mataram dezenas de pessoas, incluindo algumas que tentaram fugir de um hotel no qual se abrigaram”.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) teme que seja uma “situação brutal”, embora não tenha, por agora, dados concretos.
“Condenamos veementemente os ataques e apresentamos as nossas profundas condolências às famílias das vítimas e ao Governo de Moçambique”, disse nesta segunda-feira, 29, o porta-voz do secretário-geral da ONU, assegurando que a organização continua “em estreito contacto com as autoridades locais para prestar assistência às pessoas afectadas pela violência”.
Em resposta a perguntas sobre a situação na província moçambicana de Cabo Delgado na conferência de imprensa diária, Stephane Dujarric reiterou que as “Nações Unidas reafirmam a sua solidariedade e apoio continuado ao Governo de Moçambique nos seus esforços para proteger os civis, restaurar a estabilidade e levar os autores destes actos hediondos à justiça”.
Por seu lado, a directora executiva do UNICEF diz não ter conhecimento do impacto da situação nas crianças, mas “teme que seja brutal”.
Henrietta Fore afirma que o que acontece com as crianças em Palma “catastrófico” e que as elas “devem ser protegidas e providas de segurança, especialmente as 350 mil que estão deslocadas.