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Obama desafia muçulmanos ofendidos a serem tolerantes


Presidente Barack Obama discursa perante a Assembleia Geral da ONU, a 25 de Setembro de 2012
Presidente Barack Obama discursa perante a Assembleia Geral da ONU, a 25 de Setembro de 2012

"Os que condenam esse insulto também deviam condenar o ódio que transparece em imagens de Jesus Cristo profanadas" - Barack Obama

O presidente americano Barack Obama, advertiu o Irão de que o tempo é pouco para resolver a crise nuclear pela via diplomática. Fez também um apelo ao fim da intolerância religiosa, no seu discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

Barack Obama condenou a violência anti americana das últimas semanas em países com populações islâmicas, maioritariamente suscitada por um filme que os muçulmanos consideraram ofensivo.

Lembrou que na América todos são livres para se expressarem e que o governo não proíbe opiniões ofensivas. Disse compreender que as pessoas se sintam ultrajadas com o filme em questão, mas que esse ultraje devia ser mais universal.

"Para serem credíveis, os que condenam esse insulto também deviam condenar o ódio que transparece em imagens de Jesus Cristo profanadas… Ou igrejas destruídas… Ou o holocausto que é negado", declarou o presidente.

Obama acusou os que incitam os jovens à violência a negarem-lhes um futuro quando deviam, em vez disso, cuidar deles.

"Queimar a bandeira americana, não contribui em nada para a educação desses jovens… Destruir um restaurante não dá de comer a um estômago vazio… Atacar uma embaixada não cria um único novo emprego", afirmou Obama.

O presidente exortou os dirigentes globais – políticos e religiosos – a praticarem a tolerância e a não permitirem que sejam os intolerantes e os que não respeitam as liberdades e os direitos dos outros, a dominar a agenda mundial.

Acusou o Irão de reprimir o seu povo e de sustentar o governo da Síria advertindo que um programa nuclear para fins militares em Teerão não será tolerado.

"Permitam-me que seja claro. Os Estados Unidos da América querem resolver este problema através da diplomacia e acreditamos que ainda há tempo para o fazer… Mas esse tempo não é ilimitado", disse, sem, contudo dar um prazo ao Irão para por termo a actividades nucleares suspeitas.
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