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Independências

Patrice Trovoada, Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe
Patrice Trovoada, Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe

“Os políticos não se entendem. Estamos numa degradação total e corremos o risco de ficar sem referências,” reclama Costa Carlos, Secretário-geral da União Geral de Trabalhadores de São Tomé e Príncipe.

Carlos revela-se agastado com a forma como o país é gerido. “Não existe nenhuma política que olha para a parte social. Nem quero de salários,” diz o sindicalista, que considera que falta de responsabilização dos que cometem erros desanima a classe trabalhadora.

As diferenças entre os políticos agudizaram após as primeiras eleições legislativas, em 1991, que marcaram o início era da democracia multipartidária.

Analistas defendem que os políticos devem deixar as suas diferenças e pensar no desenvolvimento do país, o que estes concordam, pelo menos, publicamente.

Miguel Trovoada, primeiro presidente da era democrática, é um dos que concordam: “Somos pequenos, conhecemos uns aos outros; as mágoas e feridas levam muito tempo a cicatrizar. Se insistirmos muito nisso não conseguiremos construir uma sociedade consensual e sem essa sociedade não podemos empreender um projecto conjunto.”

O filho de Trovoada, Patrice Trovoada, actual primeiro-ministro, aponta a estabilidade, trabalho e seriedade como condições para o país crescer.

“Nós temos um país com potencial (…) mas cheio de vícios, em que se trabalha pouco (…) essas coisas têm de mudar,” diz Trovoada.

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Guilherme de Carvalho
Guilherme de Carvalho

"A música não faz parte do currículo escolar e não desenvolveu muito depois de 1975," diz o artista Guilherme de Carvalho.

No arquipélago, está a nascer uma indústria musical depois de anos de estagnação, mas os artistas ainda não podem viver da sua produção. A afirmação é de Guilherme de Carvalho, cantor e pintor.

“A música não faz parte do currículo escolar e não desenvolveu muito depois de 1975”, diz o cantor, que lamenta o facto de nalgum momento a arte ter sido considerada pelos políticos como “algo para vadios”.

Esse tratamento marginal influenciou a queda da criatividade, mas com as mudanças que o país viveu, a partir do ano 2000, a música começou a reconquistar o espaço na sociedade.

Foi nessa fase que o país teve o primeiro estúdio móvel usando computadores e facilitando a gravação de muitos jovens.

O cantor, que é igualmente presidente da Associação de Músicos e Compositores de São Tomé e Príncipe, diz em entrevista à VOA, que mesmo com os bons ventos, “ainda é escusando dizer que vive-se de música” no país.

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