UNITA alega espancamento de militantes seus na Huíla

  • Teodoro Albano

Vista geral da cidade do Lubango

O porta-voz da UNITA, Angélico Manuel de Misérias, disse ter encontrado resistência da administração da Jamba

A UNITA denuncia novos actos de alegada intolerância política que estarão a ocorrer no interior da Província da Huíla. Os mais recentes actos terão ocorrido no sector de Cabana, na comuna do Dongo, município da Jamba, onde militantes do “Galo Negro” terão sido espancados e expulsos por elementos afectos ao partido no poder, apenas por terem hasteado a bandeira da UNITA.

Na tentativa de buscar o diálogo para apaziguar o mau ambiente instalado na localidade, a UNITA, segundo o seu porta-voz na província, Angélico Manuel de Misérias, disse ter encontrado resistência da administração municipal da Jamba: “Como sempre situações do género carecem de uma abordagem local o diálogo que devia caracterizar a possibilidade de se ultrapassar os problemas entre os dirigentes tanto dos partidos políticos como da administração isso moveu os nossos dirigentes do Município da Jamba a irem ter com o administrador municipal, foram mal recebidos pelo senhor administrador adjunto que é o senhor António Bernardo Cahala, que lhes disse mesmo que não eram responsáveis pelo insucesso que eles estavam a encontrar, mormente na questão de hastear as bandeiras nas aldeias porque, segundo ele, o povo não estava preparado para receber um outro partido excepto o partido no poder que é o MPLA que está naquelas localidades.”

A UNITA diz estranhar este novo ambiente político, que ensombra o que até aqui aparentava ser um clima tranquilo que a província vinha registando, em termos de coabitação política. Diz Angélico Manuel de Misérias: “ Noutras áreas, temos encontrado, de vez em quando, algumas incompreensões por parte dos sobas, mormente na área do Tchinguenjo, na área do Kapoko, isto é, no Município do Kuvango onde, por causa do distanciamento entre o município e a comuna do Galangue, têm aparecido também esses elementos mas através do diálogo com a administração tanto comunal como municipal. Temos sabido ultrapassar essas situações como essa. Isto preocupa-nos, razão pela qual não estamos sossegados, estamos preocupados porque é um dado novo que vem contradizer aquilo quem tem sido o carácter real de coabitação a nível da província.”