UNITA diz que as autoridades angolanas são incompetentes

  • António Capalandanda

UNITA diz que as autoridades angolanas são incompetentes

A incompetência do governo angolano jogará a favor do maior partido na oposição nas próximas eleições gerais, previstas para 2012

Benguela 20 de Jan de 2011- Victorino Nhany, secretário provincial da UNITA em Benguela, afirmou hoje que a incompetência do governo angolano jogará a favor do maior partido na oposição nas próximas eleições gerais, previstas para 2012, caso o partido no no poder em Angola não insista na fraude eleitoral.O político discursava durante a sessão de abertura da Primeira Reunião Ordinária da sua organização partidária.
“No seu programa eleitoral, o MPLA prometeu consolidar a estabilidade política e reforçar a democracia, mas o seu executivo promove a instabilidade e direcciona todas as sua baterias para decapitar a democracia, com ilusões filosóficas apontadas para reduzir a UNITA em 3%.”
Dirigindo-se aos membros da sua formação política lembrou que, se no passado o Galo Negro influenciou a transição para o multipartidarismo, agora debate-se com igualdade de oportunidades e justiça social em Angola.
“O MPLA prometeu a promoção da igualdade de direitos e de oportunidades entre os angolanos, mas, na prática, é necessário que o angolano tenha o cartão de membro do MPLA, para ter direito até ao crédito bancário.”
A corrupção que tem incidido negativamente sob a governação foi destacada na sua comunicação.
“O MPLA prometeu melhorar a sua governação quando, na pratica, o seu executivo continua na lógica da não prestação de serviços ao cidadão, com a delapidação do erário publico como o caso que surge no club K.”
“O ex-chefe de Estado Maior, general Furtado, cabo-verdiano de nacionalidade, desviou dos fundos das FAA (Forças Armadas Angolanas), 40 milhões de dólares depositados na sua conta em Cabo Verde, quando os antigos combatentes das ex-FAPLA reclamam pelo décimo terceiro mês, correspondentes a uns miseráveis 10 mil Kwanzas.”
Recordou ainda, as promessas feitas pelo seu adversário relativamente ao acesso ao emprego e melhoria das condições de vida dos jovens:“Prometeu construir um milhão de casas, mas o seu executivo hoje aparece a desmentir-se. Muitas vezes, a dizer que não prometeu casas mas lotes, esquecendo-se que, em ciência política, os termos não se substituem,” asseverou.
O governo “prometeu proporcionar 1 milhão 300 mil empregos mas, na prática, o exército de desempregados sobe vertiginosamente.Prometeu dar atenção especial a juventude, mas o seu executivo aposta no seu embrutecimento com maratonas de álcool, tudo facilitado pelos preços pois, em certos casos, três cervejas custas só 100 kwanzas contra um quilo de arroz que é mais caro que a cerveja.”