Conferência internacional a decorrer em Dar es Salaam evoca os efeitos negativos da exploração dos recursos naturais sobre as mulheres no continente africano
Numa altura em que várias nações africanas experimentam um novo boom de descobertas de petróleo e outros recursos minerais, e que os processos para a exploração desses recursos estão em marcha, os efeitos as vezes dessas acções nas mulheres são negligenciados, e elas estão a sofrer inúmeras consequências desta chamada corrida aos recursos.
O correspondente da VOA na África Oriental, Gabe Joselow reporta que grupos de sociedade civil e membros do governo estão reunidos na Tanzânia para debater a nova forma que visa dar as mulheres uma maior participação nesse processo.
Quando os canais de água são poluídos nas imediações de projectos de exploração de minérios ou de petróleo, as mulheres são obrigadas a percorrer longas distancias para captar a água. Quando as terras são expropriadas para criar bases logísticas para novos projectos da indústria mineira, as mulheres sofrem com a perda de terras cultiváveis.
O objectivo do encontro de dois dias a decorrer em Dar es Salaam é denunciar a desproporcionalidade do sofrimento das mulheres pela corrupção, poluição e má gestão que habitualmente acompanha a corrida aos recursos mineiros.
Christine Musisi, directora regional da Organização das Nações Unidas para a Mulher e que é uma das organizadoras do evento diz esperar que esse encontro vai ajudar a dar início a discussões que podem melhorar as condições de vida por todo o continente.
“É uma forma de se juntar as pessoas presentes para se dialogar e se informar de como podemos fazer da indústria extractiva uma indústria mais responsável, em que acreditamos que poderá transformar a extracção de recursos minerais de uma espécie decorrida para a bendição, em África.”
O encontro juntou membros do governo e da sociedade civil da Tanzânia, Uganda, Etiópia, Sudão do Sul, além de outros países.
Faith Nwadishi é coordenadora nacional nigeriana da organização da sociedade civil, Publica o que Paga, que advoga uma melhor transparência nas industrias extractivas.
“O que temos. Temos dez pessoas em torno da mesa, em que nove delas são homens, e apenas uma mulher… que é apenas para ter a presença de uma mulher… e isso não nos ajuda. Se as nossas leis forem reformadas em conformidade com a nossa posição, poderemos ter directivas ou planos que assegurem que as mulheres estejam incluídas.”
O director internacional da organização, Publica o que Paga, Marienke van Riet disse que com os recursos minerais e petróleo, cuja procura está actualmente em alta no mundo, os governos africanos têm uma boa oportunidade para pressionar a favor das questões que têm a ver com o direito do género.
“O ocidente está a procura de energia e matérias-primas, e se os governos africanos realmente negociarem bem os contractos, e fizerem com que haja uma representação equitativa de mulheres nessas negociações, poderão mudar e transformar realmente sociedades inteiras.”
Marienke van Riet adianta que não existem muitos dados disponíveis sobre o papel das mulheres na indústria extractiva, e nem em termos do impacto nas suas vidas assim como de suas inclusões ao nível das empresas que são criadas.
Os participantes nesse encontro de Dar es Salaam esperaram poder definir um plano de acção de promoção e igualdade de género e de promoção de mais pesquisas sobre a questão.
O correspondente da VOA na África Oriental, Gabe Joselow reporta que grupos de sociedade civil e membros do governo estão reunidos na Tanzânia para debater a nova forma que visa dar as mulheres uma maior participação nesse processo.
Quando os canais de água são poluídos nas imediações de projectos de exploração de minérios ou de petróleo, as mulheres são obrigadas a percorrer longas distancias para captar a água. Quando as terras são expropriadas para criar bases logísticas para novos projectos da indústria mineira, as mulheres sofrem com a perda de terras cultiváveis.
O objectivo do encontro de dois dias a decorrer em Dar es Salaam é denunciar a desproporcionalidade do sofrimento das mulheres pela corrupção, poluição e má gestão que habitualmente acompanha a corrida aos recursos mineiros.
Christine Musisi, directora regional da Organização das Nações Unidas para a Mulher e que é uma das organizadoras do evento diz esperar que esse encontro vai ajudar a dar início a discussões que podem melhorar as condições de vida por todo o continente.
“É uma forma de se juntar as pessoas presentes para se dialogar e se informar de como podemos fazer da indústria extractiva uma indústria mais responsável, em que acreditamos que poderá transformar a extracção de recursos minerais de uma espécie decorrida para a bendição, em África.”
O encontro juntou membros do governo e da sociedade civil da Tanzânia, Uganda, Etiópia, Sudão do Sul, além de outros países.
Faith Nwadishi é coordenadora nacional nigeriana da organização da sociedade civil, Publica o que Paga, que advoga uma melhor transparência nas industrias extractivas.
“O que temos. Temos dez pessoas em torno da mesa, em que nove delas são homens, e apenas uma mulher… que é apenas para ter a presença de uma mulher… e isso não nos ajuda. Se as nossas leis forem reformadas em conformidade com a nossa posição, poderemos ter directivas ou planos que assegurem que as mulheres estejam incluídas.”
O director internacional da organização, Publica o que Paga, Marienke van Riet disse que com os recursos minerais e petróleo, cuja procura está actualmente em alta no mundo, os governos africanos têm uma boa oportunidade para pressionar a favor das questões que têm a ver com o direito do género.
“O ocidente está a procura de energia e matérias-primas, e se os governos africanos realmente negociarem bem os contractos, e fizerem com que haja uma representação equitativa de mulheres nessas negociações, poderão mudar e transformar realmente sociedades inteiras.”
Marienke van Riet adianta que não existem muitos dados disponíveis sobre o papel das mulheres na indústria extractiva, e nem em termos do impacto nas suas vidas assim como de suas inclusões ao nível das empresas que são criadas.
Os participantes nesse encontro de Dar es Salaam esperaram poder definir um plano de acção de promoção e igualdade de género e de promoção de mais pesquisas sobre a questão.