O Presidente americano Donald Trump afirmou estar muito decepcionado com a China devido ao que considera ser a incapacidade de Pequim em conter o novo coronavírus, que, segundo ele, ofuscou as negociações para um acordo comercial entre os dois países.
Em entrevista gravada ontem, mas divulgada nesta quinta-feira, 14, pela Fox Business Network, Trump disse que a China fez tudo errado.
Veja Também Pesquisa revela queda na avaliação de Donald Trump“Eles nunca deveriam ter deixado isto acontecer. Então eu faço um grande acordo comercial e agora digo que que parece que não é bom para mim. A tinta mal tinha secado e a praga chegou”, afirmou.
Conforme a fase um do acordo assinado em janeiro, Pequim prometeu comprar pelo menos 200 mil milhões de dólares em bens e serviços americanos adicionais ao longo de dois anos, e Washington aceitou suspender as tarifas sobre bens chineses em diferentes etapas.
Veja Também COVID-19: Anthony Faucy diz que número de mortes é superior ao anunciado e "o pior ainda não passou"Um jornal estatal chinês noticiou que alguns conselheiros do Governo em Pequim pedem novas negociações e possivelmente a invalidação do acordo.
Trump voltou a dizer que não tem interesse em renegociar e pensa em retaliar.
"Há muitas coisas que poderíamos fazer", reiterou o Presidente, como "cortar todo o relacionamento".
Esta ideia de punição a Pequim tem vindo a crescer depois que a Administração americana aumentou críticas contra o que considera de retenção pelas autoridades chinesas de informações sobre o novo coronavírus no final do ano passado.
Veja Também COVID-19: Angola recebe ajuda de 3.5 milhões de dólares dos EUA para resposta ao vírusAlém de poder oferecer aos americanos a possibilidade de processar a China pelas mortes, Washington analisa impor sanções e proibições de viagens ou reduzir e até impedir as empresas americanas de concederem empréstimos a companhias chinesas.
No início desta semana, a Administração Trump autorizou um fundo de pensões para funcionários do Governo a alienar quatro mil milhões de dólares em participações em empresas chinesas, alegando que a China representa riscos de investimento e à segurança nacional.