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COVID-19: Angola recebe ajuda de 3.5 milhões de dólares dos EUA para resposta ao vírus


Encontro entre o Presidente angolano João Lourenço e a embaixadora americana Nina Maria Fite
Encontro entre o Presidente angolano João Lourenço e a embaixadora americana Nina Maria Fite

O Governo dos Estados contribui com mais de 3.5 milhões de dólares para apoiar a resposta do Governo de Angola ao surto da Covid-19.

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira, 12 de maio, um financiamento no valor de 3.5 milhões de dólares para ajudar Angola na resposta à pandemia Covid-19.

Após o encontro entre a Embaixadora dos EUA em Angola, Nina Maria Fite, e o Presidente angolano João Lourenço, Nina Fite disse em comunicado que "com um investimento anual de mais de 30 milhões de dólares para apoio ao sector da saúde de Angola, o Governo dos EUA está comprometido com a saúde dos angolanos muito antes da COVID-19".

COVID-19: Embaixadora americana diz que resposta de João Lourenço "foi muito corajosa"
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A Embaixadora americana disse também que o compromisso dos EUA "vai muito além do financiamento, está na nossa contribuição para as políticas nacionais, para o investimento na força de trabalho da saúde, e para o reforço dos sistemas de saúde. Temos trabalhado em conjunto com os especialistas de saúde pública de Angola, há mais de duas décadas, e continuamos a estar ao lado de Angola durante esta crise".

Segundo o comunicado da Embaixada, a contribuição inicial de 3 milhões de dólares do Centro de Controlo de Doenças (CDC) será usada para apoiar o Governo de Angola na aquisição de suprimentos de laboratório e biossegurança, incluindo reagentes para testes, maximizar as actividades de vigilância da Covid-19, garantir a segurança dos profissionais de saúde de Angola, atenuar a propagação do vírus nas instalações de saúde e reforçar as estruturas de operações de emergência.

Este financiamento baseia-se nos investimentos globais de longa data do CDC para controlar o VIH, TB e malária, erradicar a pólio e preparar-se para a gripe e outras doenças pandémicas.

Desde 2002, o CDC ajuda o Ministério da Saúde (MINSA) a melhorar a segurança de saúde, o que lançou os alicerces para se preparar rápida e eficazmente para ameaças de doenças emergentes, incluindo a actual pandemia da COVID-19.

CDC apoia, desde Janeiro deste ano, o destacamento de cerca de 30 técnicos especialistas baseados em Angola para apoiar o país na preparação e resposta à pandemia da Covid-19. Esses especialistas treinados do CDC estão a trabalhar lado-a-lado com técnicos de saúde angolanos, no laboratório nacional e como parte da resposta da linha da frente ao surto.

De igual modo, a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) disponibilizou 570 mil dólares para limitar as transmissões de pessoa-para-pessoa, prevenir e controlar as infecções nas principais instalações de saúde, comunicar informações sobre riscos críticos e ajudar a fornecer água e saneamento básico.

PEPFAR ajuda nas pesquisas de laboratório

A USAID também disponibiliza 500 mil dólares para ajudar a melhorar a aquisição de medicamentos e outros produtos de saúde como parte da resposta à Covid-19.

Aproximadamente 380 mil dólares do programa da USAID de água, saneamento e higiene irão para medidas preventivas, melhorando o acesso à água nas comunidades em risco.

Segundo o mesmo comunicado, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio do SIDA (PEPFAR) está a contribuir para a resposta à Covid-19 em Angola através da formação do pessoal do Ministério da Saúde, que trabalha nas instalações de saúde, sobre o uso adequado de técnicas de biossegurança durante a colheita e processamento de espécimes em laboratório.

O PEPFAR está também a trabalhar com o Laboratório Nacional de Saúde Pública para desenvolver ferramentas de recolha de dados, formação, ferramentas de trabalho e protocolos para testes e rastreio de contactos da Covid-19. Esta formação e estes instrumentos irão aumentar significativamente a capacidade de Angola de conter a propagação da Covid-19 e, assim, diminuir o risco de exposição das pessoas que vivem com VIH.

O anúncio do financiamento, de hoje, também se baseia em décadas de liderança do governo dos EUA como maior contribuinte para a segurança de saúde e assistência humanitária globais. Desde 2009, os contribuintes americanos disponibilizaram generosamente mais de 100 mil milhões de dólares em assistência sanitária e quase 70 mil milhões de dólares em assistência humanitária a nível mundial. Isto tem ajudado a posicionar os seus parceiros para prestarem assistência aos seus cidadãos e salvarem vidas durante a pandemia da Covid-19.

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