Os jornalistas da rádio e televisão públicas de Angola, TPA e RNA, vão mais uma vez remeter uma carta à direcção daqueles órgãos para mostrarem a sua insatisfação frente às respostas dos administradores, antes de decidirem se avançam ou não para uma greve que pode ser histórica no país.
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Para o Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), o impasse está no ajuste salarial e a aplicação de um qualificador ocupacional, ou seja um sistema que define os sistemas salariais.
As respostas das direcções da TPA e RNA foram dadas nos prazos legais, mas não satisfizeram as exigências.
Para Teixeira Cândido, presidente do SJA, as direcções da TPA e da RNA terão de rever estes dois elementos para não forçar uma greve naqueles órgãos.
“A questão salarial e o qualificador ocupacional são as nossas duas maiores preocupações”, explicou Cândido que prometeu entregar na quarta-feira, 6, uma carta às direcções daquelas empresas como réplica.
O sindicalista afirma ser inacreditável o estado de mendicidade a que são submetidos os jornalistas angolanos deste órgãos.
“São inacreditáveis os salários que se pagam aos jornalistas destes órgãos”, concluiu.
Recorde-se que entre as reivindicações está a definição de um salário mínimo para a classe jornalística de 180 mil kwanzas (cerca de 500 dólares), a criação de melhores condições de trabalho, definição de critérios para a atribuição de salários e a transparência nas receitas publicitárias.