O julgamento dos presumíveis assassinos dos activistas Isaias Cassule e Alves Kamulingue que começou há três dias em Luanda foi suspenso sem data prevista para ser retomado
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Hoje, o Tribunal de Luanda declarou-se incompetente para prosseguir com o processo de julgamento por ter surgido um general entre os presos. Trata-se de Antonio Vieira Lopes, chefe dos Serviços de Inteligência de Luanda que foi promovido a General pelo Presidente da República, enquanto se encontra na condição de preso.
O advogado das famílias das vitimas, David Mendes, exigiu explicações da Presidência: Sendo um oficial do nível dele porque é o chefe do Sinse em Luanda, o Presidente da República sabia da sua prisão”.
“Não compreendemos como o Presidente da República, mesmo nesta circunstância de um oficial que está preso, é promovido a general”,afirmou, acrescentando: “É inaceitável".
David Mendes disse que a promoção influencia todo o processo pelo que “é necessário que o Gabinete de Apoio ao presidente da República venha explicar isso” porque, segundo ele, há agora “um conjunto de trâmites que podem levar a mais demora deste processo"
Mendes não acredita que o julgamento seja retomado este ano. O advogado pensa mesmo que em menos de seis meses tecnicamente não será possível o reinício do julgamento.
Contudo o causídico crê que muitas cabeças ainda possam rolar neste processo.