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Julgamento do "caso Cassule e Kamulingue" começa com confissão do crime


Kamulingue e Cassule
Kamulingue e Cassule

Advogado dos familiares dos activistas assassinados disse que o julgamento começou bem.

Começou hoje em Luanda o julgamento dos acusados de terem assassinado os actividades Alves Kamulingue e Isaías Cassule em 2012. Os oito que estão no banco dos réus são membros do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).

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O advogado dos familiares de Alves Kamulingue e Isaias Cassule David Mendes disse hoje a margem do julgamento acreditar que as coisas começaram bem e tudo indica que os verdadeiros culpados pelo assassinato dos dois activistas cívicos vão pagar pelo crime.

A audiência começou a apresentação dos oito acusados da execução do crime: Antonio Vieira Lopes, Paulo Mota, José Fragoso, Manuel Miranda, Luís Miranda, Edivaldo Gustavo, Júlio Mauricio e Francisco Pimentel Daniel.

Depois, ouviram-se as alegações dos advogados de defesa dos réus que, segundo o advogado dos familiares de Cassule e Kamulingue, está no bom caminho.

"Estamos no inicio da sessão, pelo menos aquilo que foram as contestações vê-se que os factos são claros, houve homicídios, acho que a questão vai ficar mais simples do que esperávamos”, disse David Mendes, advogado dos familiares de Isaías Cassule e Alves Kamulingue.

Segundo Mendes, só o facto de as pessoas assumirem que cometeram o acto já é um sinal de que se está no bom caminho.

Entretanto, um dos declarantes presentes em tribunal, o activista Manuel Nito Alves, diz não acreditar na seriedade deste julgamento. ”Não acredito na justiça do país por uma questão de coerência, e acho que vão simular um simples julgamento porque os homens que mataram Cassule e Kamulingue fazem parte da classe dominante, falo de José Eduardo dos Santos e o seu MPLA, acho que estamos a discutir sintomas".

Os declarantes foram retirados da sala para regressarem na próxima quinta-feira, enquanto os acusados continuam a ser ouvidos em juízo.

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