Militares do governo sírio apoiadas pela força aérea russa expulsaram o grupo Estado Islâmico de Palmira, este domingo, 27, desferindo aquilo que o exército chamou de um "golpe mortal" aos militantes que capturaram a cidade no ano passado.
Durante a ocupação de dez meses, o grupo Estado Islâmico dinamitou importantes monumentos antigos na histórica cidade de Palmira. Alguns tinham cerca de dois anos.
O Presidente Bashar al-Assad disse a parlamnentares francesces em Damasco que a reconquista de Palmira "é um grande feito e prova a eficiência do exército sírio e seus aliados na luta contra o terrorismo”.
A perda de Palmira representa um dos maiores retrocessos sofridos pelo grupo radical islâmico desde que declarou um califado em 2014 ao longo de extensos trechos da Síria e do Iraque.
O comando geral do exército disse que suas forças conquistaram a cidade com o apoio de ataques aéreos russos e sírios, fornecendo uma abertura para as terras desérticas no leste que levam às fortalezas do Estado Islâmico de Raqqa e Deir al-Zor.
Palmira se tornará "uma plataforma de lançamento para expandir operações militares" contra o grupo naquelas duas províncias, afirmou.
O exército sírio promete "apertar o cerco contra o grupo terrorista e interromper rotas de oferta (…) antes da retomada completa".
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que ainda havia conflitos no leste de Palmira na manhã de domingo, em torno da prisão e dentro do aeroporto, mas a maior parte das forças do Estado Islâmico recuou para o leste, deixando a cidade sob o controle do presidente Bashar al-Assad.
Amaq, uma agência de notícias próxima ao Estado Islâmico, reportou que seus soldados lançaram um ataque suicida duplo contra as forças do governo no oeste de Palmira, sem dar mais detalhes.