Sindicato acusa Movicel de perseguir trabalhadores que aderiram à greve de Maio

Comissão Sindical apela ao diálogo ou volta a paralisar a empresa

Três representantes da Comissão Sindical da Empresa de Telecomunicações Movicel foram despedidos compulsivamente pela direcção daquela empresa 55 dias após a greve que exigiu o respeito pela dignidade aos funcionários e o reenquadramento do pessoal na nova tabela salarial, segundo as categorias ostentadas por eles até Novembro de 2016.

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Ameaça de nova greve na Movicel - 2:10

A Comissão Sindical diz que a empresa não tem competência para suspender nenhum sindicalista e exigiu que pare com a caça às bruxas dos trabalhadores que aderiram à greve do passado 7 de Maio deste ano.

E o sindicato ameaça com uma greve geral.

Costa Fernando dos Santos, primeiro secretário do sindicato na Movicel, diz que caso a direcção da empresa não recue nas perseguições e na demissão dos membros da Comissão Sindical, será convocada mais uma greve por tempo indeterminado.

“O despedimento da direcção da Comissão Sindical visa instaurar um clima de medo e intimidação, bem como o desaparecimento do associativismo sindical que é um direito consagrado na Constituição da República e na lei geral do trabalho”, acusa Santos.

O sindicalista diz estar aberto ao diálogo com a direcção da empresa e apela os trabalhadores “a manterem-se unidos em torno da Comissão Sindical”.