Os trabalhadores da operadora privada Movicel denunciam actos de ameaças de despedimentos colectivo por parte do director dos recursos humanos e de operações daquela empresa por terem aderido à greve que começou na segunda-feira, 7, em todo território nacional.
Costa Santos, primeiro secretário do sindicato na empresa, disse à VOA que as ameaças consistem em obrigarem os funcionários a trabalharem, caso contrário serão substituídos.
Ele acusa Paulo Abreu, director de Recursos Humanos, e António Zumbuka, director das Operações da Movicel de terem chamado a polícia para os intimidar.
“Nós vamos continuar a denunciar, não sabemos como vai ser hoje mais devemos dizer que ontem mesmo a direcção da empresa orientou a direcção do condomínio para chamar a policia para nos retirar do quintal, o que não veio a acontecer porque estávamos a nos comportar bastante bem”, conta Csota Santos.
O sindicalista que pertence ao Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações e Afins de Luanda, diz haver uma grande adesão à greve, na qual os trabalhadores exigem aumento salarial numa escala de 75 por cento do salário actual, assistência de saúde, formação contínua e subsídios de alimentação e de deslocação.
“Há uma atitude de má-fé da empresa que, desde 2010, não actualiza os ordenados dos trabalhadores, uma situação de pura injustiça para uma instituição que tem bons lucros”, conclui Costa Santos.
Contactados pela VOA, os dois directores recusaram responder às acusações.