Quebrar o silêncio, evitar que a história "desaconteça"; destacar o papel da mulher numa guerra que ainda hoje ecoa em milhões de memórias, foram os desafios a que Sara Primo Roque se propôs tratar no seu livro "Os Silêncios da Guerra Colonial".
Este livro é resultado da tese de mestrado da professora de História que, após tantas obras publicadas sobre o assunto, encontrou uma lacuna quando se conta a história da guerra colonial e diz que Portugal não quer reconhecer que a guerra aconteceu.
Sara Primo Roque destaca na sua obra o que chama de "tentativa de apagar a história" e realça em toda a sua obra o papel que as mulheres portuguesas tiveram no apoio à guerra, ainda que sem qualquer intenção ideológica.
Mães, mulheres, irmãs enviavam os seus homens para combater numa guerra além mar. Madrinhas de guerra mantiveram os seus espíritos animados. Mães, mulheres, irmãs receberam maridos, noivos, filhos, irmãos com feridas físicas e emocionais que tornaram a todos irreconhecíveis.
Oiça a entrevista com Sara Primo Roque:
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"Os Silêncios da Guerra Colonial": Qual foi papel da mulher num período que alguns querem apagar
Nestes silêncios os ex-combatentes portugueses com quem Sara Primo Roque falou partilharam memórias de vária sorte; traumas, aventuras de quartel, experiências sexuais.
Oiça aqui alguns desses relatos, contados na entrevista pela autora do livro:
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Silêncios da Guerra Colonial: Ex-combatentes partilharam memórias de experiências íntimas
Filha de um ex-combatente, Sara Primo Roque quer que o livro quebre o silêncio e evite o apagar da história. Ciente de que há muito mais para contar, a autora diz que o livro "peca" por não ter conseguido contar as memórias de quem esteve do outro lado "Os Silêncios da Guerra Colonial" não está à venda nas livrarias mas está disponível no website das edições Pasárgada