Rússia veta proposta de condenação de Bashar al-Assad

Embaixador russo na ONU Vladimir Safronkov vota

Iniciativa no Conselho de Segurança da ONU visava também uma investigação internacional ao ataque com armas químicas

A Rússia vetou a proposta dos Estados Unidos, Reino Unidos e França no Conselho de Segurança da ONU, nesta quarta-feira, 12, que pretendia condenar o ataque mortal da semana passada na Síria e forçar o aliado de Moscovo, Bashar al-Assad, a cooperar com investigações internacionais sobre o incidente.

Esta foi a oitava vez durante a guerra civil na Síria que a Rússia usou o seu poder de veto no Conselho de Segurança para proteger o Governo de Assad.

O ataque com gás tóxico a 4 de Abril levou os Estados Unidos a lançar uma acção com mísseis contra uma base aérea síria que ampliou as divergências entre os Estados Unidos e a Rússia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a confiança entre os dois países erodiu desde a posse do Presidente americano Donald Trump.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, repetiu esta visão após reuniões com líderes russos em Moscou, dizendo que as relações estão em um nível baixo de confiança.

A China, que vetou seis resoluções sobre a Síria desde que a guerra civil começou há seis anos, absteve-se da votação de quarta-feira, juntamente com a Etiópia e o Cazaquistão. Dez países votaram a favor do texto, enquanto a Bolívia se juntou à Rússia ao votar não.

A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, alertou Moscou contra a protecção de Assad, que depende do apoio da Rússia e do Irão no combate aos rebeldes.