Mitt Romney tenta endireitar a sua campanha focando no que o presidente Barack Obama disse há 14 anos relativamente a redistribuição de riqueza.
WASHINGTON —
O candidato republicano Mitt Romney, depois de dois dias politicamente traiçoeiros, tenta endireitar a sua campanha focando em algo que o presidente Barack Obama disse há 14 anos relativamente a redistribuição de riqueza.
O candidato presidencial republicano tem sido fustigado por notícias da imprensa dissecando a sua asserção, apanhada num vídeo, de que 47 por cento dos americanos acham-se no direito de receber assistência do governo. Agora os seus assessores pensam ter encontrado uma forma de rebater a situação.
Numa gravação áudio de 1998, posta a circular ontem na Internet, Obama é ouvido a falar numa conferência na Universidade Loyola, em Chicago, sugerindo que a sociedade precisava de um plano para “estruturar sistemas de governo que repartissem recursos e por esse motivo facilitassem alguma redistribuição de riqueza, porque ele (Obama) acreditava na redistribuição, pelo menos a um certo nível, para garantir que cada um recebesse a sua parte.”
Romney atirou-se a esses comentários que Obama fez quando era senador estadual do Illinois, na quarta-feira, num encontro de angariação de fundos em Atlanta, na Geórgia. O discurso de Obama, disse Romney, indicou apoio a um sistema de estilo europeu que nunca funcionará nos Estados Unidos.
“Sei que há algumas pessoas que acreditam que tirar simplesmente de alguns para dar a outros, então todos ficarão bem. Isso é conhecido por redistribuição”, disse Romney aos presentes. “Nunca foi uma característica da América”, acrescentou.
Romney, também na quarta-feira, parecendo retratar-se dos seus comentários dobre os “47 por cento” afirmou a uma televisão que “a sua campanha era para os 100 por cento dos americanos e que estava preocupado com eles porque os últimos quatro anos tornaram a vida mais dura para eles.
A referência de Romney ao discurso de 1998 de Obama faz parte de uma nova estratégia para levantar dúvidas sobre as teorias económicas de Obama e de desviar as atenções das suas críticas aos americanos que não pagam impostos e talvez acrescentar a palavra “redistribuição” à lista de espinhosos ataques da direita conservadora.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, classificou o novo assalto do Partido Republicano como um sinal de uma “campanha desesperada que teve uma semana muito má”.
“A acusação baseado na gravação áudio de há 14 anos parece muito familiar com uma que foi tentada e falhada em 2008”, disse Carney que acrescentou: “Em 1998, o então senador Obama estava a apresentar um argumento para um governo mais eficiente e mais efectivo, citando especificamente agências governamentais da cidade de Chicago que ele achava não estarem a trabalhar com eficácia. Obama pensava e continua a pensar que há passos que temos de tomar para promover a oportunidade e garantir que todos os americanos tenham uma fatia decente se trabalharem duro.”
A mudança nas tácticas de campanha do candidato republicano acontece poucos dias depois de assessores de Romney terem dito que ele ia começar a fornecer detalhes do seu plano económico de cinco pontos, numa altura em que os eleitores começam a ficar mais atentos à campanha e depois de sondagens indicarem que estão ansiosos por saber mais sobre as posições políticas de Romney.
O candidato presidencial republicano tem sido fustigado por notícias da imprensa dissecando a sua asserção, apanhada num vídeo, de que 47 por cento dos americanos acham-se no direito de receber assistência do governo. Agora os seus assessores pensam ter encontrado uma forma de rebater a situação.
Numa gravação áudio de 1998, posta a circular ontem na Internet, Obama é ouvido a falar numa conferência na Universidade Loyola, em Chicago, sugerindo que a sociedade precisava de um plano para “estruturar sistemas de governo que repartissem recursos e por esse motivo facilitassem alguma redistribuição de riqueza, porque ele (Obama) acreditava na redistribuição, pelo menos a um certo nível, para garantir que cada um recebesse a sua parte.”
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Romney atirou-se a esses comentários que Obama fez quando era senador estadual do Illinois, na quarta-feira, num encontro de angariação de fundos em Atlanta, na Geórgia. O discurso de Obama, disse Romney, indicou apoio a um sistema de estilo europeu que nunca funcionará nos Estados Unidos.
“Sei que há algumas pessoas que acreditam que tirar simplesmente de alguns para dar a outros, então todos ficarão bem. Isso é conhecido por redistribuição”, disse Romney aos presentes. “Nunca foi uma característica da América”, acrescentou.
Romney, também na quarta-feira, parecendo retratar-se dos seus comentários dobre os “47 por cento” afirmou a uma televisão que “a sua campanha era para os 100 por cento dos americanos e que estava preocupado com eles porque os últimos quatro anos tornaram a vida mais dura para eles.
A referência de Romney ao discurso de 1998 de Obama faz parte de uma nova estratégia para levantar dúvidas sobre as teorias económicas de Obama e de desviar as atenções das suas críticas aos americanos que não pagam impostos e talvez acrescentar a palavra “redistribuição” à lista de espinhosos ataques da direita conservadora.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, classificou o novo assalto do Partido Republicano como um sinal de uma “campanha desesperada que teve uma semana muito má”.
“A acusação baseado na gravação áudio de há 14 anos parece muito familiar com uma que foi tentada e falhada em 2008”, disse Carney que acrescentou: “Em 1998, o então senador Obama estava a apresentar um argumento para um governo mais eficiente e mais efectivo, citando especificamente agências governamentais da cidade de Chicago que ele achava não estarem a trabalhar com eficácia. Obama pensava e continua a pensar que há passos que temos de tomar para promover a oportunidade e garantir que todos os americanos tenham uma fatia decente se trabalharem duro.”
A mudança nas tácticas de campanha do candidato republicano acontece poucos dias depois de assessores de Romney terem dito que ele ia começar a fornecer detalhes do seu plano económico de cinco pontos, numa altura em que os eleitores começam a ficar mais atentos à campanha e depois de sondagens indicarem que estão ansiosos por saber mais sobre as posições políticas de Romney.