O parlamento moçambicano vive dias de certo alvoroço, ensombrado pela pressão social, por causa da proposta de Estatuto que fixa regalias e benefícios adicionais para funcionários parlamentares.
A polémica proposta foi aprovada na generalidade, na passada quarta-feira e para hoje,12, estava, inicialmente, prevista a aprovação final, a especialidade, contudo, o ponto acabou saindo da agenda, sem qualquer explicação pública.
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A Renamo, cuja bancada apoiava o novo Estatuto, diz não ter recebido qualquer explicação sobre as causas da queda do ponto na agenda desta semana.
Para esta quarta-feira, 12, na agenda estava o debate de uma outra proposta da Renamo, sobre uma moção de censura ao informe anual, prestado, há duas semanas, pela Procuradora Geral da República ao parlamento, mas, o assunto, também caiu, por conta da ausência do grupo parlamentar da Frelimo.
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O porta-voz da mesa, Alberto Mutukutuko, explicou que a sessão ficou adiada, por causa da agitação protagonizada na terça-feira, 11, por estudantes universitários e organizações da sociedade civil, em torno das regalias, o que fez com que se julgasse que, não havia condições para levar avante a agenda oficial do dia.
“Hoje, esta manhã, à pedido de uma das bancadas, propôs-se que o agendamento do ponto sobre a moção de censura passasse para outra altura, outro momento, porque acha que, com a agitação do dia de ontem, não estaríamos em condições de continuar a debater um ponto, devido ao momento em que nos encontramos”, explicou Mutukutuku.
Veja Também Funcionários parlamentares moçambicanos com regalias em tempos de criseA bancada da Frelimo, através da sua relatora, Telmina Pereira, disse que a ausência do seu grupo parlamentar, deveu-se à necessidade de tempo para analisar melhor a proposta de moção ao informe da Procuradora Geral.
“O parecer, particularmente, foi distribuído apenas esta manhã e a bancada parlamentar da Frelimo não considera estarem criadas as condições para que haja debate em plenária, porque era necessário que a bancada se apropriasse do parecer que foi emitido pela primeira comissão e por causa disso a bancada sugeriu que este ponto pudesse ser adiado para uma melhor oportunidade, para que todos nós pudéssemos ir ao debate com a preparação necessária” explicou Pereira.