Quantum Global prossegue luta contra Fundo Soberano de Angola

Jean-Claude Bastos de Morais, director da Quantum Global

A companhia Quantum Global, que administrava milhares de milhões de dólares do Fundo Soberano de Angola, continua a lutar nas Maurícias pelo descongelamento das suas contas bancárias e contra a suspensão de licenças de operação de companhias a si ligadas.

Numa acção entregue ao Supremo Tribunal das Maurícias, Alexander Klein, director administrativo das companhias do grupo Quantum Global diz que as autoridades das Maurícias “foram induzidas ao erro para tomarem partido num litígio contratual”.

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Quantum Global continua lut por milhões congelados nas Mauricias -1;35

Trata se de uma referência clara ao Governo de Angola que foi quem pediu às autoridades mauricianas o congelamento das contas das companhias da Quantum Global e que, para além disso, levou também à suspensão das licenças de oito companhias de investimentos a ela ligadas.

A acção diz que as autoridades “falharam em exercer o cepticismo antes de se precipitarem perante os tribunais a pedir medidas regulamentares”.

As oito empresas querem que o Tribunal Supremo das Maurícias reveja a decisão da Comissão de Serviços Financeiros, em Abril do ano passado, de suspender as suas licenças de operação no país.

Num outro documento entregue ao tribunal, conselheiros jurídicos da Quantum Global fazem notar que a companhia continua a aguardar pormenores das acusações “nove meses depois das contas das companhias terem sido congeladas”.

Na acção entregue ao Tribunal Supremo das Maurícias, as companhias fazem notar que um tribunal inglês decidiu em Julho do ano passado descongelar as contas da Quantum Global que tinham sido congeladas a pedido do Fundo Soberano de Angola, já sob nova administração.

O presidente da Quantum Global, Jean-Claude Bastos de Morais, encontra-se preso em Luanda desde Setembro do ano passado quando foi também preso o então presidente do fundo soberano José Filomeno dos Santos, filho do ex presidente angolano José Eduardo dos Santos.

Nenhum deles foi ainda indiciado de qualquer crime.