Centenas de professores que exercem cargos de direcção e chefia nas escolas públicas da província angolana da Huíla estão descontentes por até ao momento não constarem do sistema financeiro do Ministério das Finanças.
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Esta situação preocupa os titulares de cargos de direcção e chefia entre coordenadores de disciplina, de curso e de turno na sua maioria com mais de cinco anos de nomeação.
Os argumentos até aqui evocados pelo Governo local para o não pagamento dos subsídios, segundo o porta-voz dos afectados, Daniel João, não convencem e por isso mostram-se prontos a ir até as últimas consequências em defesa dos seus direitos.
“Mesmo com a ministra (da Educação) nós estamos dispostos para a audiência para ela nos explicar o por quê de alguns auferirem e outros não. A que se deve isso qual é o lapso que existe. Também há uma mentira dos nossos dirigentes de que não há vaga no sistema, isso não convence mais! Desde Outubro de 2018 a dizerem que não há vaga no sistema”, denunciou João.
O Governo local diz estar ao corrente da situação, mas revela que a prioridade de momento está voltada para o processo de transição de categorias e que abrange presentemente mais de 19 mil professores.
A directora do Gabinete Provincial da Educação, Paula Joaquim, acredita que o assunto deve merecer a atenção do Governo a partir de Março e apela à compreensão e a calma dos descontentes.
“Nós vamos resolver ou vamos tentar resolver essa situação, mas é preciso ter um pouquinho de paciência porque não se resolve um problema de 10 anos num dia, mas o Gabinete Provincial da Educação está preocupado com isto e vamos resolver todas as coisas que estão mal”, garantiu Paula Joaquim.
Entre os males a corrigir, de acordo com a responsável, estão situações de professores sem despacho de nomeação de cargo de direcção e chefia e que auferem como tal “o que é mais grave”.
O assunto também preocupa o Sinprof na região que tem seguido a situação.