Processo GEMA vai ser ouvido em Portugal

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Face a silêncio do Supremo Tribunal angolano lesado vai a Portugal intentar acusação contra a companhia

A disputa entre conhecidas personalidades angolanas em redor do controle da companhia GEMA, que remonta ao ano de 2011, vai agora para Portugal.

Pedro Januário Macamba, que reclama a propriedade da empresa, disse à Voz da América ter iniciado um processo de queixas crimes contra a empresa em Portugal devido ao facto do processo estar paralisado no sistema judicial angolano.

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Disputa entre personalidades da GEMA vai para Portugal - 1:48

Entretanto, um tribunal administrativo deu razão àquele empresário, que disse ter sido afastado ilegalmente da empresa por José Leitão.

O tribunal concordou que era falsa uma assinatura submetida num documento, que faz parte do processo sobre quem são os legítimos accionistas da empresa.

A GEMA recorreu da decisão e desde então nada mais se ouviu falar do caso.

Agora, Pedro Januário Macamba, pretende apresentar queixa contra o Gema Angola em Portugal: “Estamos com os advogados para então darmos entrada de um processo contra figuras ligadas ao grupo Gema por crimes de branqueamento de capital e actos de corrupção”.

Pedro Macamba disse que o processo em Angola não avançou por envolver várias personalidades ligadas ao poder.

Quem é o grupo Gema

A 17 de Dezembro de 2015, foi emitido um acórdão do Tribunal Supremo que decidia um processo judicial de Pedro Januário Macamba contra o Grupo GEMA – Empresa de Participações Financeiras e Empreendimentos, S.A.

O Grupo Gema é um vasto conglomerado empresarial, parceiro da multinacional SABMiller na Coca-Cola Luanda Bottling. É accionista da Ucerba, que detém metade das acções das maiores cervejeiras do país, a Cuca, a Nocal e a Eka. Através da sua subsidiária Geminas, faz parte do consórcio de exploração do Bloco 18/06, operado pela multinacional brasileira Petrobrás, com a sociedade sino-angolana Sonangol Sinopec International (SSI) e da Sonangol. No sector da construção civil, associou-se a uma das maiores empresas portuguesas do ramo, a Edifer, na EdiferAngola, e lidera o Empreendimento Comandante Gika, o maior investimento imobiliário no sector privado. A sua subsidiária do ramo automóvel, a Vauco, representa a General Motors em Angola e é assistente oficial da Peugeot e da japonesa Honda.