O Presidente dos EUA assinou um memorando que impõe taxas recíprocas a todos os países que comercializam com Washington, disse a um grupo de jornalistas no Salão Oval nesta quinta-feira, 14, enquanto quem “fabrica o seu produto nos Estados Unidos, está isento de pagar”.
O objetivo é reduzir o défice orçamental da América, estimado em cerca de 2 triliões de dólares.
Donald Trump acrescentou que a ação “é justa para todos, nenhum outro país se pode queixar”.
O Presidente ordenou que o seu nomeado para secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial, Jamieson Greer, liderem as equipas para calcular novos impostos de importação sobre os parceiros comerciais da América.
Para avaliar os valores, devem ter em conta as taxas de outros países, os subsídios à indústria, o valor dos impostos adicionados - que são comuns na União Europeia (UE) - regulamentos e a subvalorização das moedas.
O imposto sobre o valor acrescentado da UE é “propaganda” do comércio desleal, disse Peter Navarro, conselheiro sénior do Presidente para o comércio, aos jornalistas.
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Que impacto poderão ter a tarifas do Presidente Trump?
Donald Trump assinou o memorando poucas horas antes de receber o primeiro-ministro indiano Narendra Modi na Casa Branca.
A Índia é um dos países mais afetados pela medida por ter barreiras tarifárias e não tarifárias relativamente elevadas em numerosas exportações americanas.
Os dois governos anunciaram na quinta-feira um acordo energético que fará dos Estados Unidos o principal fornecedor de petróleo e gás para o pais.
O Presidente Trump, ao lado de Modi, numa conferência de imprensa na noite de quinta-feira, disse que iria abrir caminho para os Estados Unidos venderem caças F-35 Stealth à Índia e que ambos trabalhariam para fazer cortes tarifários, de forma a reduzir o défice comercial de 50 mil milhões de dólares com a Índia.