O Presidente americano Joe Biden esteve “pessoalmente envolvido” nas negociações que terminaram no acordo que permite a libertação de cerca de 50 reféns detidos em Gaza pelo Hamas, disse John Kirby, coordenador do Conselho de Segurança Nacional para comunicações estratégicas.
"Ele pessoalmente engajado e envolvido. Ele foi informado, às vezes várias vezes ao dia, sobre como estavam as coisas nas negociações. E, claro, ele orientou toda a equipa de segurança nacional a trabalhar arduamente também neste resultado, desde o diretor da CIA ao secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional. … E, claro, o enviado especial no terreno, David Satterfield, foi fundamental, assim como o nosso coordenador para o Médio Oriente, Brett McGurk", afirmou Kirby em conversa com o correspondente do serviço em mandarim da Voz da América.
Veja Também Autoridades de Israel e do Hamas admitem para breve acordo para libertação de refénsA libertação, que foi agora adiada pelo menos para sexta-feira, será acompanhada pela soltura de 150 prisioneiros palestinianos por Israel e por um cessar-fogo temporário de quatro dias e a entrega de mais ajuda humanitária à faixa de Gaza.
A organização de ajuda internacional que supervisiona o Hospital Indonésio em Gaza escvreveu uma carta em que acusa o Presidente Biden de destruir as regras internacionais, que determinam que civis e os hospitais devem ser protegidos, e de ferir os valores humanitários no seu apoio a Israel.
Veja Também Primeiro avião com crianças palestinianas feridas chega a Abud DhabiEm resposta, John Kirby reiterou que "o Presidente Biden deixou claro que continuaremos a apoiar Israel enquanto eles conduzem estas operações contra o Hamas, eles têm o direito e a responsabilidade de fazê-lo".
Para o também porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, nenhum país deveria sofrer os ataques como os de 7 de outubro, e "vamos continuar a apoiar Israel, e faremos isso de forma firme".
Veja Também “Está claro que Israel não pode ocupar Gaza”, diz Antony BlinkenJohn Kirby acrescentou que, ao mesmo tempo, os Estados Unidos continuarão a "exortar Israel a ser tão cuidadoso, deliberado e cauteloso quanto possível nos seus ataques e nas suas operações, para que o impacto na vida civil possa ser minimizado e as baixas civis possam ser reduzidas".
Ele reconheceu que milhares de pessoas inocentes em Gaza foram mortas como resultado deste conflito e Washington não quer "ver mais ninguém morto".
"Mas também penso que é importante lembrar quem está a colocar estas pessoas em perigo: o Hamas. O Hamas começou isto no dia 7 de outubro massacrando israelitas inocentes, alguns deles nas suas casas, outros na frente dos seus filhos, e depois regressaram a Gaza. E o que eles fazem? Escondem-se em túneis, escondem-se em hospitais. Eles colocaram pessoas inocentes de Gaza no fogo cruzado entre as Forças de Defesa de Israel e eles próprios. Isso em si é um crime de guerra. Isso em si é uma violação do direito internacional. Isso é abominável. E é esse o tipo de ameaça que os israelitas enfrentam", explicou Kirby.
Aquele responsável também rejeitou os recentes esforços diplomáticos da China para mediar o fim do conflito entre Israel e Hamas.
Analistas políticos descreveram a iniciativa como uma tentativa de Pequim de se posicionar como um pacificador mais credível no Médio Oriente do que os Estados Unidos.