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“Está claro que Israel não pode ocupar Gaza”, diz Antony Blinken


Secretário de Estado americano, Antony Blinken, em conferência de imprensa, Tóquio, Japão, 8 novembro 2023
Secretário de Estado americano, Antony Blinken, em conferência de imprensa, Tóquio, Japão, 8 novembro 2023

Secretário de Estado admite um "período de transição", enquanto o G7 pede "pausas e corredores humanitários"

O secretário de Estado americano alertou Israel contra a reocupação de Gaza, mesmo reconhecendo que um “período de transição” possa ser necessário após a guerra de Israel contra os militantes do Hamas no enclave palestiniano.

Numa conferência de imprensa nesta quarta-feira, 8, em Tóquio, à margem de uma cimeira do grupo das sete economias mais livres do mundo, G7, Antony Blinken reafirmou o apoio dos Estados Unidos aos esforços de Israel para expulsar o Hamas do território depois do ataque terrorista de 7 de Outubro.

Mas Blinken também destacou que “está claro que Israel não pode ocupar Gaza”.

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“Agora, a realidade é que pode haver necessidade de algum período de transição no final do conflito. Mas é imperativo que o povo palestiniano também seja fundamental para a governação em Gaza e na Cisjordânia”, acrescentou o chefe da diplomacia americana.

Netanyahu por "período indefinido"

Numa entrevista terça-feira à ABC News, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sugeriu que o seu país desempenhará um papel de segurança em Gaza por um “período indefinido” assim que o conflito terminar.

Mais de 10 mil palestinianos foram mortos, incluindo mais de 4 mil crianças, segundo autoridades de Gaza, enquanto Israel intensifica sua operação terrestre e ataques aéreos no território.

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G7 pede pausas e corredores humanitários

Numa declaração conjunta emitida hoje, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 apelaram a “pausas e corredores humanitários” para permitir a entrega de ajuda humanitária e a libertação de reféns.

O G7 também prometeu apoiar a defesa da Ucrânia contra a Rússia “durante o tempo que for necessário”, condenou alegadas transações de armas entre a Rússia e a Coreia do Norte e criticou uma vasta gama de iniciativas chinesas.

Como era de esperar, a reunião foi dominada pela crise israelo-palestiniana, no meio de crescentes apelos internacionais por um cessar-fogo.

Na semana passada, 120 países votaram na Assembleia Geral das Nações Unidas a favor de uma resolução apelando a uma “trégua humanitária” imediata e sustentada em Gaza.

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Os Estados Unidos votaram contra a proposta, alertando que um cessar-fogo permitiria ao Hamas reagrupar-se e conduzir mais ataques, além de que o texto não condenava o ataque terrorista nem reconhecia o direito de Israel de se defender.

A França, outro membro do G7, apoiou a resolução, sublinhando as diferenças sobre o conflito no Oriente Médio, mesmo entre países ricos e desenvolvidos.

O Japão, anfitrião do G7, também não tem sido tão abertamente pró-Israel como outros aliados dos EUA.

Na sua conferência de imprensa, Blinken minimizou qualquer sugestão de atrito e acrescentou que “a unidade do G7 está mais forte e mais importante do que nunca”.

Preocupações globais urgentes

Na declaração conjunta que se seguiu a dois dias de reuniões, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 abordaram uma vasta gama de outros temas mundiais.

Quanto à Ucrânia, os líderes do G7 prometeram que o “compromisso firme” dos seus governos com a defesa da Ucrânia “nunca vacilará”.

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