O cabo-verdianos elegem neste domingo, 2, o Presidente da República, nas sextas eleições para a Chefia do Estado desde 1991.
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O cessante Jorge Carlos Fonseca é o favorito à sua própria sucessão, mas tem como adversários os independentes Albertino Graça, reitor da Universidade do Mindelo, e Joaquim Monteiro, antigo combatente da Liberdade da Pátria e investigo agrícola.
Enquanto Fonseca tem o apoio o MpD, partido no poder e que venceu as eleições legislativas de Março e autárquicas de Setembro, nem Graça nem Monteiro têm qualquer apoio declarado dos demais partidos políticos.
O PAICV, no poder de 2001 a 2016, e a Ucid, na oposição, deram liberdade de votos aos seus militantes.
Observadores esperam uma elevada abstenção na eleição de domingo, em virtude de, segundo todas as sondagens, Jorge Carlos Fonseca ser o grande favorito para um segundo mandato.
A Comissão Nacional de Eleições revelou que 316.206 cidadãos cabo-verdianos estão aptos a votar no território nacional, enquanto 47.133 estão registados na diáspora.
Em Portugal, os cabo-verdianos acompanham com atenção a campanha eleitoral.
Numa ronda por alguns bairros da região de Lisboa, a VOA constatou que alguns cabo-verdianos mostram-se interessados em votar na escolha do próximo chefe de Estado, mas outros, sobretudo os mais jovens, não dão sinais de grande interesse sobre a vida política no arquipélago.
Na Cova da Moura, um dos bairros "mais cabo-verdianos" da região de Lisboa, encontramos o barbeiro José Tavares, que fala da importância dos emigrantes participarem na vida política do arquipélago, exercendo o direito de voto.
No Rossio, centro da capital portuguesa, Francisco Duarte, outro emigrante, destaca o papel que os cabo-verdianos na diáspora devem desempenhar no desenvolvimento de Cabo Verde.
Mas há também os que não se mostram interessados na vida política do arquipélago, por isso afirmam que não votam.
Refira-se que os candidatos Jorge Carlos Fonseca e Albertino Graça passaram pela capital portuguesa para apresentar os respectivos projectos de candidatura na fase de pré-campanha, mas os três candidatos presidenciais não estiveram em terras lusas durante a campanha eleitoral que termina esta sexta feira, 30.