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Cabo Verde e Moçambique na parte baixa do Índice de Competitividade


Forum Económico Mundial
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Arquipélago sobe, Maputo mantém-se, Portugal e Brasil perdem posições.

Cabo Verde é o país africano de língua portuguesa melhor classificado no Índice de Competitividade 2016-2017, divulgado nesta terça-feira, 27, pelo Fórum Económico Mundial.

Apesar de subir dois lugares, o arquipélago continua na parte de baixo do Índice, ao ficar na 110a. posição.

Mais abaixo fica Moçambique, que manteve a mesma posição do ano passado, 133a.

Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe não constam do Índice, em que Portugal que desceu de 38o. para 46o. lugar.

Quem também desceu foi o Brasil, que perdeu seis posições, ocupando agora o 81o. lugar, a pior classificação já atingida desde 1997, quando Fórum Económico Mundial começou a elaborar o Índice Competitividade.

Em quatro anos, o Brasil caiu 33 posições, revelando o agravamento da crise económica e o declínio da produtividade no país.

A nível dos países africanos, a África do Sul é o melhor colocado, na 47a. posição, dois lugares mais acima do que em 2016, seguido do Rwanda (52o.) e Botswana (88o).

A nível do topo, a Suíça continua em primeiro lugar pelo oitavo ano consecutivo.

Além de líderes em inovação e sofisticação, os suíços registam uma taxa de desemprego estável e ganhos reais de salário.

Singapura e Estados Unidos seguem na lista, enquanto Holanda e Alemanha inverteram as posições, completando o top 5.

Entre as características comuns dos países líderes do Índice, o relatório destaca a capacidade de se inserir na chamada quarta revolução industrial, caracterizada pelo desenvolvimento de tecnologias de fronteira como computação cognitiva, robótica, internet das coisas, biotecnologia e impressão 3D.

O Chile é o país da América Latina mais bem posicionado, tendo subido do 35º para o 33º lugar, seguido do Panamá (42º lugar).

No fim da lista estão a Mauritânia, Chade, Burundi e Malawi.

O Índice

O Índice de 2016 avalia 138 países e é uma espécie de termómetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportunidades e para que as empresas possam obter sucesso.

Os números são calculados a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com Executivos dos países participantes.

O Fórum Econômico Mundial revelou que 118 variáveis são analisadas e agrupadas em 12 categorias: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconómico, saúde e educação primária, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação empresarial e inovação.

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