O principal partido de oposição de Moçambique, Podemos, entrou com uma ação judicial exigindo uma recontagem dos resultados das eleições do país, o que levou a protestos e violência depois que o partido no poder foi nomeado vencedor.
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A ação, movida no domingo, pediu ao Tribunal Constitucional do país que desse "um julgamento verdadeiro sobre quem ganhou as eleições", de acordo com o texto do documento visto pela agência de notícias francesa, AFP.
Veja Também Moçambique: Venâncio Mondlane pede frente unida pelo povoEle exigiu que o tribunal "repita a contagem geral" dos votos, citando inúmeras supostas irregularidades na eleição de 9 de outubro.
A comissão anunciou na quinta-feira o candidato do partido no poder, Frelimo, Daniel Chapo, como o vencedor com 71 por cento dos votos e 195 dos 250 assentos no parlamento.
O Podemos publicou a sua própria contagem, afirmando que o seu candidato Venâncio Mondlane venceu com 53,3 por cento e 138 assentos.
Veja Também CNE confirma vitória de Daniel Chapo por 70 por cento em MoçambiqueO Podemos no seu recurso judicial exigiu que as seções eleitorais entregassem detalhes completos de como eles contaram os números de votos que eles submeteram à comissão. Autoridades da União Europeia disseram que notaram "irregularidades durante a contagem e alteração injustificada dos resultados eleitorais em nível de seção eleitoral e distrito".