O académico Pedro Gomes, eleito presidente da FNLA no domingo, 24, em Luanda, por uma ala do partido num congresso alternativo, define como desafio da sua liderança a união do partido para “acabar com as vozes discordantes”.
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Um congresso organizado pelo chamado grupo dos “50 por cento+23 membros do Comité Central”elegeu Gomes presidente da FNLA para substituir Lucas Ngonda, líder reconhecido pelo Tribunal Constitucional.
Em declarações à VOA, Pedro Gomes assegurou que dentro de 12 dias dará entrada no Tribunal Constitucional as conclusões do conclave, que o elegeu presidente, para efeitos de legalização.
Eleminimizao congresso convocado pelo presidente Lucas Ngonda qualificando-o de “uma brincadeira”.
Entretanto, quem não se revê nos dois eventos é Geoveth da Silva que até às últimas eleições era o porta-voz e membro da direcção da FNLA.
Geoveth diz que nenhum dos dois congressos foram realizados combase nos estatutos do partido.
Por seu lado, o jurista Albano Pedro considera que o congresso de Luanda é “ilegal e inexistente”e que nãoserá reconhecido pelo Tribunal Constitucional.
O jurista disse que apenas o presidente reconhecido tem a legitimidade de convocar qualquer evento partidário, mesmo que que sejapor iniciativa da maioria dos seus membros.
O porta-voz do congresso realizado em Luanda, Laís Eduardo, disse que o evento juntoucerca de 900 delegados e que Pedro Gomes concorreu à liderança do partido com mais dois candidatos, um dos quaisnomeado para ocupar uma das duas vice-presidências.
Laís Eduardo acrescentou que foi eleito um novo Comité Central constituído por 451 membros e um secretariado para o qual foi eleito secretário-geral o antigo porta-voz FNLA,Ndonda Nzinga.
Recorde-se que decorre desde segunda-feira, 25, no Huambo o segundo congresso extraordinário da FNLA, organizado pela direcção de Lucas Ngonda.