A Assembleia da República de Moçambique aprovou nesta terça-feira, 3, por consenso, a presença de militares estrangeiros no país para apoiar na luta contra os insurgentes que aterrorizam a província de Cabo Delgado, há cerca de três anos e meio.
Your browser doesn’t support HTML5
Numa sessão extraordinária, a Comissão Permanente, órgão máximo de direcção parlamentar, analisou a proposta da Renamo, maior partido da oposição, que pretendia que se avaliasse a alegada violação da Constituição da República, por parte do Chefe de Estado, Filipe Nyusi, ao autorizar a entrada de forças estrangeiras sem ouvir os legisladores.
Veja Também Moçambique: Militares angolanos reforçam SADC e sociedade civil pede respeito pelos direitos humanosNo geral, tanto a Renamo como o MDM consideram que houve violação da Constituição, no entanto, concordam que as forças estrangeiras são necessárias face à situação da instabilidade que os terroristas estão a gerar e à incapacidade das forças governamentais de, sozinhas, colocarem um fim à insurreição.
Ainda assim, o Parlamento determinou que em Outubro o Governo deve ir à plenária prestar informações sobre tudo o que se passa em Cabo Delgado, incluindo a acção militar.