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Moçambique: Militares angolanos reforçam SADC e sociedade civil pede respeito pelos direitos humanos


Forças Armadas Angolanas (Foto de Arquivo)
Forças Armadas Angolanas (Foto de Arquivo)

O contingente militar de Angola já se encontra em Moçambique, para integrar a Força em Estado de Alerta da SADC, destinada a ajudar a combater o jihadismo em Cabo Delgado.

A operação angolana em Cabo Delgado, que envolve vinte elementos e um avião militar, terá a duração de três meses e um custo inicial de 575 mil dólares para as Forças Armadas de Angola, embora a comparticipação global ultrapasse um milhão de dólares.

Moçambique: Militares angolanos reforçam SADC e sociedade civil pede respeito pelos direitos humanos
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O chefe da missão angolana em Moçambique, tenente-general Cristóvão Júnior, diz que o objectivo deste contingente está muito bem definido: “a projecção estratégica de forças,temos uma missão específica e vamos procurar cumprir com organização, disciplina e com rigor".

Entretanto, enquanto chegam contingentes militares que vão integrar a força da SADC, da África do Sul, Botswana e Zimbabwe, por agora, além dos militares do Ruanda, organizações da sociedade civil alertam para a possibilidade da ocorrência de violações de direitos humanos em Cabo Delgado, num contexto de guerra envolvendo diferentes forças militares estrangeiras.

O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos teme que os direitos humanos das crianças e mulheres sejam sistematicamente violados em Cabo Delgado.

"Estamos a falar de uma força que ainda não tem tempo definido para a sua estada em Moçambique e que na sua maioria é constituída por homens, e isto nas comunidades pode causar problemas de assédio e violação sexual", afirma Luís Bitone.

Por seu turno, o director executivo do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), Hermenegildo Munjovo, defende a necessidade de uma coabitação pacífica entre a força multinacional e as comunidades locais.

"Nós percebemos que a violação desses elementos pode trazer um ambiente hostil para as comunidades, um ambiente de rejeição em relação às tropas", diz.

Contudo, o sociólogo Moisés Mabunda diz que violações de direitos humanos vão ocorrer, sendo importante tentar minimizar a sua dimensão.

Ele realça que "involuntariamente, situações de violação de direitos humanos vão acontecer, o que se apela é que as diferentes forças em Cabo Delgado tenham alguma prudência".

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