A falta de verbas não deve afectar o trabalho dos deputados angolanos mas ao mesmo tempo estes têm que abandonar “luxos” que não servem para nada, disse um antigo deputado.
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Analistas consideram que apesar da crise deve-se dar aos deputados da Assembleia Nacional o mínimo de condições de trabalho que o momento aconselha, sem que tal seja entendido como a perda de dignidade como representes dos eleitores.
A posição foi defendida depois de o secretário-geral da Assembleia Nacional, Agostinho Pedro de Neri, reconhecer na terça-feira, 15, em Luanda que em face da crise económica o Parlamento pode ser obrigado a fazer cortes nas benesses dos deputados em função da insuficiência de recursos para o cumprimento de despesas inerentes às sua funções.
Há muitos anos que os deputados se queixam de falta de condições e de apoio para levarem a cabo o seu trabalho, mas o economista e antigo deputado Sapalo António entende que nada justifica a compra de viaturas de luxo para os deputados.
Por seu turno, o activista e investigador Francisco Tunga Alberto defende que os deputados deviam abster-se de benesses exageradas.
O assunto não reúne consenso entre os deputados da oposição havendo os que defendem a atribuição de viaturas de luxo e os que apenas querem meios que os possibilite deslocações para contactos com os eleitores.