Líderes da União Africana iniciaram, hoje, uma cimeira de dois dias em Adis Abeba procedendo à eleição do novo presidente daquela organização.
O presidente do Benim, Thomas Yayi Boni, foi escolhido para liderar a UA durante o próximo ano, sucedendo a Teodoro Obiang Nguema, presidente da Guiné Equatorial.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, contou-se entre os primeiros oradores da sessão que teve lugar nas novas instalações da União Africana, financiadas e construídas pela China, um investimento avaliado em 200 milhões de dólares.Ban disse aos líderes presentes que as próximas 25 eleições presidenciais, legislativas e locais a ter lugar em África, este ano, têm que ser levadas a cabo em liberdade e com lisura.
Na oportunidade, o secretário-geral da ONU exortou os governos do Sudão e do Sudão do Sul a resolver as suas divergências sobre a questão do petróleo e acerca da sua fronteira comum.
Ban Ki-moon disse ainda que a Somália é uma sociedade frágil que tem à sua frente perspectivas de dias melhores.
Os líderes da União Africana deverão debater o conflito na Somália e reverem as disputas entre o Sudão e o Sudão do Sul.
No sábado, procedeu-se à inauguração do novo edifício sede da UA, uma cerimónia em que participou um representante do governo chinês, o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, e outros líderes africanos.
Ainda no sábado, ministros dos Negócios Estrangeiros dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa reuniram-se sábado, em Addis Abeba, para debaterem o acordo ortográfico do português, a adesão da Guiné Equatorial à CPLP e o comércio inter-Estados.
Ao fazer o balanço da reunião, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti, informou que Angola e Moçambique ainda não ratificaram esse acordo ortográfico e nesta reunião decidiram que as iniciativas apresentadas pelo governo angolano deveriam merecer a consideração de outros países membros para, pontualmente, serem discutidas pelos ministros da Educação.
Sobre a adesão da Guiné Equatorial, país de expressão espanhola, à CPLP, o chefe da diplomacia angolana esclareceu que foi criado um pequeno comité integrado por Angola, São Tomé e Príncipe e outro parceiro que vai trabalhar com este país para estabelecer um diálogo com Portugal para se acelerar a entrada.