Cartada final de Barack Obama quinta-feira à noite na Convenção

Presidente Barack Obama na companhia do presidente Bill Clinton, no penúltimo dia da Convenção Democrata

O presidente americano vai fazer o seu discurso de recandidatura que terá como alvo os eleitores indecisos num contexto de persistente crise económica
Há quatro anos, Barack Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos da América.

O Partido Democrático nomeou-o durante uma convenção altamente disputada e que tinha concentrado as atenções no desencantamento público com uma economia em crise. Os créditos políticos de Obama foram galvanizados com o seu slogan de campanha, “Podemos acreditar na mudança”...

O presidente Obama está na Casa Branca há quase 4 anos. A economia melhorou mas tão tanto quanto se esperado. Alguns especialistas em política dizem que Obama tem aprendido a grande diferença entre fazer campanha e a política.
Jennifer Lawless dirige o Instituto da Mulher e Política na Universidade Americana.

Muitas das promessas que ele fez foram contigentes da ideia que poderia haver um especie de esforço bipartido em Washington. E logo a seguir a eleição de John Boehner como presidente da Camara dos Representantes, tornou-se claro que um certo numero de objectivos dos Republicanos, era fazer de tudo para que esse compromisso bipartido não fosse possível.

Um dos exemplos desse impasse foi o famoso Dream Act. Uma proposta de lei que deveria permitir a atribuição de cidadania americana aos imigrantes que entraram nos Estados Unidos ilegalmente quando ainda eram crianças. A lei foi apoiada pelo presidente, mas nunca conseguiu ser aprovada no Congresso.
Em Junho o presidente Obama anunciou que o governo federal irá temporariamente parar com deportações de imigrantes que tinham requerido cidadania com base no Dream Act.

Enquanto isso a sua administração deportou mais imigrantes que qualquer um outro presidente na história do país. O presidente mantem a sua promessa de campanha de reformar os sistema nacional de saúde, cuja lei acabou por ser endossada pelo Tribunal Supremo. Obama pressionou e o Congresso aprovou um pacote de estimulos de 787 mil milhões de dólares seguido de um emprestimo as industriais automóveis General Motors e Crysler.

Sob a sua presidencia, foi localizado no Paquistão Osama Bin Laden o responsável o mentor dos ataques terrorista do 11 de Setembro, entretanto morto numa surpreendente operação militar americana. Obama retirou as forças de combate no Iraque, e aumentou o numero de tropas no Afeganistão assim como assinnou um novo tratado de controlo de armas com a Rússia.

Barack Obama é o primeiro presidente afro-americano eleito na história dos Estados Unidos, e é também o primeiro dos 44 presidentes a apoiar a legalização de casamento homossexual. Em termos da opinião pública, os indicadores mostram que Obama continua a ser o candidato mais preferido dos americanos, mas os eleitores dão mais crédito ao seu adversário Mitt Romney como capaz de dirigir a economia.