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Bill Clinton leva democratas ao rubro


Após o discurso de Clinton, Obama foi ao palco abraçá-lo
Após o discurso de Clinton, Obama foi ao palco abraçá-lo

O antigo presidente Bill Clinton recebeu boas-vindas de herói quando proferiu um discurso emocional de apoio ao presidente Barack Obama, na Convenção Nacional Democrática, em Charlotte, Carolina do Norte

Foi uma noite de drama na Convenção nacional democrática, uma mistura de passado, presente e futuro.

Várias vezes o antigo presidente Bill Clinton provocou aplausos estrondosos na sua defesa agressiva dos quatros anos de Obama na Casa branca e na crítica cerrada ao seu opositor republicano Mitt Romney.

Clinton defendeu o desempenho de Obama na criação de postos de trabalho, política externa e a aprovação da lei da reforma dos cuidados de saúde, em face, recordou, da oposição agressiva por parte dos republicanos.

Clinton recordou aos democratas que alguns republicanos destacados tinham prometido, no início do mandato de Obama, tornar a derrota do presidente na sua principal prioridade.

“A prioridade número um não foi criar postos de trabalho. Foi despedir o presidente.”

Clinton apelou aos democratas para apoiarem Obama no que promete ser numa eleição extremamente apertada em Novembro. Acrescentou que os americanos terão que fazer uma escolha importantíssima nos próximos tempos.

“Se quiserem um candidato que só quer ganha tudo, que está na sua própria sociedade, então apoiem os republicanos. Mas se querem uma sociedade de oportunidades partilhadas, de responsabilidades partilhadas, estamos então numa sociedade de todos, então devem votar Barack Obama e Joe Biden.”

Os delegados reagiram estrondosamente no final do discurso de Clinton, no momento em que a ele se juntou, por breves instantes, o presidente Obama. Após um rápido abraço, os dois abandonaram o palco, preparando assim a convenção para o apogeu esta quinta quando o presidente proferir o seu discurso formal de aceitação.

Os delegados democratas ainda falavam do discurso proferido pela primeira-dama, Michelle Obama, na noite de terça-feira. Michelle Obama fez um discurso apaixonado, por vezes altamente emocional em defesa do seu marido.

O delegado da Geórgia, Al Williams, disse com todos os sinais a indicarem que a eleição de Novembro será taco-a-taco, os democratas presentes em Charlotte estão prontos a fechar alas atrás do presidente Obama.

“Sinto-me extremamente bem. Estou excitado. É a minha quinta convenção em 40 anos e é excitante, é como uma estação reabastecedora das tropas - estamos todos aqui a meter combustível para a corrida.”

A convenção atinge o seu ponto mais alto na noite de quinta quando Obama fizer o seu discurso aceitando a nomeação, perante milhares de delegados na arena, e milhões de pessoas a verem pela televisão.

Os organizadores planeavam o discurso para um estádio de futebol, mas a ameaça de mau tempo forçou-os a optarem pelo salão da convenção.

Os analistas esperam que o discurso se centre na economia – o assunto principal da campanha deste ano.

Segundo John Zogby, o presidente terá que encontrar forma de defender aquilo que é no mínimo um historial misto no campo da economia.

A pergunta, diz Zogby, não é: “estão agora melhor do que estavam há quatro anos?”, mas sim “estão melhor do que estariam se fosse o outro lado que tivesse ganho em 2008?”

Após as convenções, a fase final da campanha presidencial arranca, sendo o próximo grande evento o primeiro de três debates presidenciais, no dia 3 de Outubro.
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