O presidente Barack Obama debateu a actual situação política no Afeganistão, durante uma entrevista com Andre Nesnera, o correspondente da VOA na Casa Branca.
O presidente Obama começa por afirmar que a sua decisão de retirar tropas do Afeganistão não significa que os EUA estejam a abandonar o país e que aquela sua decisão é coerente com o que ele designou por um processo de transição faseada.
Em meses recentes, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, tem criticado os EUA, mas o presidente Obama, nesta entrevista à VOA, afirma que, na globalidade, Karzai partilha os mesmos objectivos que os EUA. Disse Obama: “Obviamente que irá haver tensões num ambiente difícil quando temos um grande contingente de topas estrangeiras num país. É verdade que tem havido alturas em que as tácticas no terreno, no dia-a-dia, resultam em tensões. Mas, no geral, o seu interesse é garantir que o Afeganistão não seja um santuário para terroristas”.
Por outro lado, o presidente Obama sublinhou que terá que haver um acordo político para criar uma paz genuína na região.
Referindo-se ao relacionamento entre os EUA e o Paquistão, Obama disse que esta se tornou mais honesta com o passar do tempo: “Isso gera algumas divergências que são reais. Obviamente, a operação para neutralizar Osama Bin Laden criou tensões adicionais, mas eu fui sempre muito claro perante o Paquistão de que, se o encontrássemos e tivéssemos uma oportunidade iríamos aproveitá-la”.
Na opinião do presidente Obama, “o Paquistão não apenas tem a responsabilidade, mas também um profundo interesse, em enfrentar elementos terroristas que ainda se encontram no seu país”.