Nyusi quer regresso dos megaprojectos de gás a Palma, mas analisas questionam segurança

Forças de Defesa e Segurança patrulham em Palma, Cabo Delgado

O Presidente moçambicano diz ser fundamental o retorno dos megaprojectos ao distrito de Palma, em Cabo Delgado, porque a situação de insegurança que obrigou as empresas a suspenderem as actividades já foi controlada.

Entretanto, analistas políticos dizem notar um maior esforço do Estado moçambicano na protecção do gás mas não das pessoas, que são o seu principal recurso.

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Nyusi quer regresso dos megaprojectos de gás a Palma, mas analisas questionam segurança - 3:00

Filipe Nyusi esteve em Cabo Delgado antes de se deslocar à República Democrática do Congo nesta semana para mais uma cimeira da SADC em que o terrorismo no norte de Moçambique foi um dos temas debatidos.

Ele voltou a referir-se à necessidade do retorno dos megaprojectos ao distrito de Palma, "porque Palma está mais seguro agora".

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O Chefe de Estado apontou o regresso da população que tinha abandonado o distrito devido aos ataques e a reabertura da actividade comercial e dos serviços de hospedagem e hotelaria como sinais que devem impulsionar todos os investidores, quer nacionais, quer internacionais.

Entretanto, o jornalista Fernando Lima afirma que os ataques à vila de Palma diminuiram, mas o facto de “os mesmos ocorrerem em locais próximos dos projectos de gás, isso é mau, e daí, se calhar, a demora no regresso dos megaprojectos”.

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A analista política Egna Sidumo considera, por seu lado, que devido a todo um cordão de segurança estabelecido, o projecto de gás natural liquefeito não está de todo ameaçado, realçando que os ataques ocorrem muito longe desse projecto.
O também analista político Borges Namire diz notar com preocuação o facto de o Estado moçambicano se preocupar mais com a protecção do gás e não das pessoas, que, no seu entender, são o seu maior recurso.

"Neste momento estamos a falar de milhares de pessoas mortas devido aos ataques, eu penso que o gás está a desviar o foco do Estado moçambicano naquilo que é o essencial a proteger em Cabo Delgado, que são as pessoas", realça aquele investigador.