O Presidente Moçambicano, Filipe Nyusi, efectuou, na manhã desta terça-feira, em Lilongwe, no Malawi, a passagem do testemunho da presidência da SADC a Lazarus Chakwera, Presidente do Malawi, país que passará a liderar o bloco regional dos países da África Austral.
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Na hora do balanço de um ano de mandato, Nyusi disse que a sua liderança foi marcada pelas acções tendentes ao combate do terrorismo na região, com particular destaque na zona norte da província moçambicana de Cabo Delgado.
“Definimos como objectivo estratégico da nossa presidência, a eliminação do terrorismo e extremismo violento, através da cooperação com entidades e parceiros para a capacitação e potencialização das capacidades das Forças de Defesa e Segurança”, recordou Nyusi no seu discurso de fim de mandato.
Veja Também Angola é a transportadora de forças da SADC em Cabo DelgadoContinuando, ele disse que “estamos cientes de que o envio das tropas em Estado de Alerta da SADC para Cabo Delgado deve ser acompanhado de acções de assistência humanitária".
Vacinação massiva
O Presidente moçambicano referiu que a educação, ciência e tecnologias; saúde pública e resiliência às mudanças climáticas dominaram a sua liderança, tendo destacado os desafios da região em torno da pandemia da Covid-19.
Nesse ponto, ele reiterou que a aposta deve estar centrada “na vacinação massiva, aproximação aos parceiros de cooperação para o alívio da dívida pública dos países e aumento de esforços para a aquisição de vacinas”.
Aliás, a COVID-19 foi um dos destaques do discurso de tomada de posse do novo Presidente da SADC, Lazarus Chakwera, que defendeu a vacinação massiva.
Veja Também Violência contra mulheres aumentou com medidas de combate à Covid-19 em Moçambique“Como recomendação, sugerimos a vacinação massiva, aproximação aos parceiros de cooperação para o alívio da dívida pública dos países e aumento de esforços para a aquisição de vacinas”, disse o novo líder da SADC.
Conselho de Segurança da ONU
Por outro lado, Chakwera disse que é chegado o momento de o continente insistir em ter um membro permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), além de ter a possibilidade de definir o rumo de questões financeiras que afectam a pobreza continental.
“Como africanos temos o maior dever de participar nas decisões das Nações Unidas, que afectam a estabilidade e a sustentabilidade do nosso mundo (...) chegou o tempo de África insistir que deve ter, pelo menos, um membro permanente no Conselho de Segurança da ONU”, disse o Presidente do Malawi.
A questão do combate ao terrorismo que se assiste na região também mereceu destaque na intervenção de Chakwera que disse que “temos que ser vigilantes face às ameaças de instabilidade".
Refira-se que a África do Sul vai passar a liderar a troika da SADC de Defesa e Segurança, que esteve na liderança do Botswana.
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