O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, comprometeu-se na terça-feira, 30, a levar a cabo uma operação militar na cidade de Rafah, no sul de Gaza, independentemente da existência de um acordo com o Hamas para um cessar-fogo e a libertação dos reféns detidos em Gaza.
“A ideia de que vamos parar a guerra antes de atingir todos os seus objetivos está fora de questão. Entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas - com acordo ou sem acordo, para alcançar a vitória total", disse o gabinete de Netanyahu numa reunião com as famílias dos reféns.
Netanyahu afirmou que é necessário que as forças israelitas entrem em Rafah para derrotar completamente o Hamas, que levou a cabo um ataque a Israel em outubro que matou 1200 pessoas.
O Hamas também fez cerca de 250 reféns durante o ataque, e acredita-se que ainda mantém cerca de 100, juntamente com os restos mortais de 30 ou mais reféns que foram mortos ou morreram nos meses seguintes.
Veja Também Papa Francisco pede cessar-fogo em GazaMais de metade da população de Gaza está refugiada em Rafah, situada ao longo da fronteira entre Gaza e o Egipto.
Muitos palestinianos fugiram para Rafah para escapar aos ataques israelitas e as Nações Unidas alertaram para uma potencial catástrofe humanitária se Israel efetuar uma grande ofensiva terrestre na cidade.
A Casa Branca disse na segunda-feira, 29, que o Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu trabalhar com o Egipto e o Qatar para garantir a implementação de um cessar-fogo proposto entre Israel e o Hamas.
Em chamadas telefónicas com o Presidente egípcio Abdel Fattah el-Sissi e com o Emir do Qatar Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, Biden instou os líderes a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para pressionar a libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza.
Uma declaração da Casa Branca descreveu a libertação dos reféns como “o único obstáculo para um cessar-fogo imediato e alívio para o povo de Gaza”.
Os Estados Unidos, o Egipto e o Qatar têm estado envolvidos em meses de conversações com o objetivo de travar a guerra. Uma proposta atualmente em análise inclui um cessar-fogo de cerca de seis semanas, a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, a libertação dos prisioneiros palestinianos detidos por Israel e um aumento da ajuda humanitária aos civis palestinianos em Gaza.
Os responsáveis do Hamas reuniram-se com representantes do Egipto e do Qatar no Cairo, na segunda-feira, para discutir a proposta.
As conversações ocorrem no momento em que o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visita a região para discutir a situação com responsáveis da Arábia Saudita, Jordânia e Israel.
A contraofensiva de Israel em Gaza já matou mais de 34.500 pessoas, cerca de dois terços das quais mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza,
Parte das informações desta notícia foi extraída da The Associated Press, Agence France-Presse e da Reuters.